Simões rebate Lula com ironia: 'Não serve conversa de boteco'
Vice-governador disse que o presidente deveria responder por escrito os questionamentos do estado sobre o interesse da União pela Cemig
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O vice-governador Mateus Simões (Novo) reagiu com ironia à fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de o governo federal aceitar a federalização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para abater a dívida do estado com a União.
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“Queria dizer ao presidente Lula que basta ele responder o ofício que mandamos há mais de 60 dias, perguntando sobre o interesse pela Cemig. Mas não serve ‘conversa de boteco’, tem que ser por escrito, como fizemos há 60 dias. Se tiverem perdido o ofício na bagunça dos ministérios, é só avisar que eu reenvio”, disse o vice-governador, em postagem na rede social.
Lula disse nesta quinta-feira (28/08) , em entrevista à Record, que se a Cemig passar para a administração da União a estatal não será privatizada em seu governo.
O governo Romeu Zema (Novo) enviou, em 2023, uma Proposta de Emenda à Constituição que facilita o processo de venda das estatais mineiras, entre elas a Cemig, retirando a exigência de um referendo popular para a sua venda e reduzindo o número de votos necessários para que a companhia seja vendida.
Após a aprovação do Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), em dezembro passado, o Parlamento mineiro passou a discutir a possibilidade de, no lugar de privatizar, entregar a estatal para o governo federal para abater parte da dívida do estado com a União e assim reduzir os juros cobrados sobre o débito de cerca de R$ 170 bilhões.
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No entanto, a entrega para o governo federal ou a privatização da Cemig segue em banho-maria na ALMG, pois alguns deputados, principalmente os da oposição, acreditam que a federalização da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) pode ser suficiente para obter os recursos necessários para abater os juros da dívida. O estado precisa entregar para o governo federal 20% do total da dívida (cerca de R$ 34 bilhões), por meio da federalização de estatais ou outros ativos, para abater os juros cobrados sobre o débito.