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MULHERES NA ALMG

Lohanna tem maioria e deve assumir liderança da bancada feminina na ALMG

O processo ainda está em fase de coleta de assinaturas, mas a parlamentar já conta com o apoio da maioria das deputadas

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A deputada Lohanna (PV) deve assumir a presidência da bancada feminina na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O processo ainda está em fase de coleta de assinaturas, mas a parlamentar já conta com o apoio da maioria das deputadas.

Segundo apurou a reportagem, as deputadas Nayara Rocha (PP), Leninha (PT), Beatriz Cerqueira (PT), Delegada Sheila (PL), Amanda Teixeira Dias (PL), Ana Paula Siqueira (Rede), Bella Gonçalves (Psol) e Ludmila Falcão (Podemos) já declararam apoio à candidatura. Ludmila, inclusive, negocia a vaga de vice-líder.

Com a saída de Macaé Evaristo (PT) para assumir o Ministério dos Direitos Humanos no governo Lula (PT), a bancada feminina enfrenta um vácuo de liderança. Com a nova legislatura, o grupo ganhou duas novas parlamentares: Carol Caram (Avante) e Amanda Teixeira Dias, que já ocupava o cargo como suplente da deputada Alê Portela (PL), mas garantiu a vaga definitiva na ALMG após a posse de Coronel Sandro (PL) como prefeito de Governador Valadares neste ano.

O Estado de Minas já havia confirmado o interesse de Lohanna França em liderar a bancada. No entanto, sua indicação dependia de um consenso entre as deputadas, algo difícil em um cenário polarizado. O principal impasse era o número expressivo de parlamentares conservadoras, que defendem um sistema de revezamento, alternando a liderança entre deputadas de esquerda e direita.

Lohanna, no entanto, é vista como um nome moderado, reconhecido por sua habilidade de diálogo e articulação. Embora houvesse essa proposta, até o momento o revezamento não foi imposto como uma exigência.

A esquerda, tradicionalmente dominante na bancada feminina, também apresentou outros nomes para a disputa. Bella Gonçalves, era uma opção, mas deixou seu apoio a Lohanna.

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Do lado conservador, nomes como Chiara Biondini (PL) e Amanda Teixeira Dias (PL) chegaram a ser cogitados, mas ambas negaram interesse em assumir o posto. Em conversa anteriormente com EM, as deputadas afirmaram que não estão articulando para liderar o grupo. Ambas têm se destacado na Casa por defender pautas alinhadas à extrema direita.

Natural de Divinópolis, Lohanna foi uma das deputadas que enfrentaram perseguição política de gênero e defendeu a pauta na ALMG. Por insistência dela e das deputadas Bella Gonçalves e Beatriz Cerqueira, Minas Gerais se tornou o primeiro estado do Brasil a ter uma lei própria para combater a violência de gênero na política. A legislação, já sancionada e publicada no Diário Oficial, criou o Programa de Enfrentamento ao Assédio e Violência Política contra a Mulher.

A bancada feminina é um grupo suprapartidário, formado por todas as deputadas da ALMG. A líder pode usar a palavra durante as reuniões de plenário com as mesmas prerrogativas dos líderes de bancada ou bloco parlamentar.

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