GOVERNO

Anielle: "Não permitirei que a minha história seja resumida à violência"

Ministra Anielle Franco ainda citou que nenhuma violência cometida por um indivíduo pode resumir ou diminuir a luta do movimento negro

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Um mês depois da demissão de Silvio Almeida do Ministério dos Direitos Humanos por denúncias de assédio sexual, a ministra Anielle Franco afirmou que nenhuma mulher merece passar por situações de desrespeito e violência. A titular da pasta da Igualdade Racial também frisou que sente uma "gana danada" de lutar por um mundo mais justo. "Eu, Anielle, não permitirei que a minha história seja resumida à violência", disse a ministra ao programa Fantástico, no domingo (6/10).

Segundo Anielle, Silvio Almeida era desrespeitoso e falava palavras chulas para ela. A importunação sexual teria começado ainda em 2022, no governo de transição. "Começa com falas e cantadas mal postas, eu diria. E vai escalando para um desrespeito pelo qual eu também não esperava", relata.

A ministra também contou que achou que a situação pararia quando ela conversasse com Silvio, o que não ocorreu. "Eu sempre achei que todo e qualquer problema que acontecesse na minha vida eu seria capaz de resolver sozinha. Nós, que somos mulheres pretas, de favela, temos muito isso. Eu aprendi muito isso com a minha mãe, com a minha irmã. Teve um momento em que eu achei que conseguiria. Eu achava também que, quando eu falasse, eu seria respeitada", pontua.

Anielle ainda citou que nenhuma violência cometida por um indivíduo pode resumir ou diminuir a luta do movimento negro. "Uma luta que é histórica, uma luta que é de resistência. Assédio é assédio, violência é violência, importunação é importunação. Isso precisa ser combatido, independente de quem faça, independente de questão social ou racial. Isso precisa ser combatido. Isso não é tolerável. Não pode ser", argumenta Anielle.

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Silvio Almeida nega todas as acusações. A última manifestação dele nas redes sociais foi uma nota à imprensa informando que teria pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o demitisse para “conceder liberdade e isenção às apurações”.

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