O governador Romeu Zema (Novo) avaliou que a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi “muito tranquila”, pois, apesar das divergências políticas, os dois são “democratas”. Zema e Lula se encontraram no Palácio do Planalto, em Brasília, na noite dessa quarta-feira (6/3), para discutir a dívida de Minas Gerais com a União.

 

Durante coletiva de imprensa, Zema foi questionado se a sua participação no ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na Avenida Paulista, no dia 25 de fevereiro, criou algum conflito com o governo federal. Para o governador mineiro, as diferenças de posicionamento político devem ser deixadas de lado para trabalhar em prol do Brasil.

 

“Foi uma reunião tranquila com o presidente. Tanto quanto eu, somos democratas, acreditamos na democracia. Divergência de opinião, nós temos até com cônjuge, o que quer dizer então com os demais. Eu disse a ele que todos os prefeitos de Minas Gerais, inclusive os prefeitos do PT, de qualquer partido, são tratados com maior respeito pelo meu governo. Então, nós estamos aqui. Em prol do Brasil, em prol de encontrar soluções para Minas Gerais para melhorar o Brasil. E essas diferenças, enquanto nós estamos trabalhando, ficam de lado”, pontuou Zema.

 

 

Após o encontro, Zema publicou um vídeo nas redes sociais agradecendo ao presidente Lula pela agenda e afirmando que a reunião foi muito produtiva. "Agradeço muito ao presidente e aos ministros pela atenção que recebemos e saímos daqui com boas propostas", declarou Zema.

 



Dívida de Minas Gerais

Sem decisão ainda sobre a proposta alternativa de renegociação da dívida de Minas com a União, o Ministério da Fazenda e o governo de Minas poderão pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação do prazo para a adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), caso não haja uma solução até o prazo dado pela Suprema Corte, que vence no dia 20 de abril.

A Fazenda deve apresentar até o fim de março uma proposta de alteração ao RRF que será estendida aos estados que já aderiram ao regime e aos que ainda estão em negociação, caso de Minas Gerais.

De acordo com Zema, talvez seja necessário prorrogar o prazo dado ao governo pelo STF, pois as medidas de renegociação que o governo deve apresentar podem ter que passar pelo Congresso Nacional, o que levará mais tempo.

“O ministro deixou claro que irá, juntamente com o governo de Minas, solicitar a prorrogação no STF, caso ele chegue à conclusão que esse prazo de 20 de abril não seja suficiente, talvez essas alterações tenham de passar pelo Congresso e leve um tempo maior”.

 

compartilhe