Silveira abriu o discurso defendendo a vacinação de crianças -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Silveira abriu o discurso defendendo a vacinação de crianças

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), discursou durante o evento que marcou a primeira visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Minas Gerais, nesta quinta-feira (8/2). Com o governador Romeu Zema (Novo) na plateia, o mineiro abriu falando sobre a vacinação e ressaltou a importância de imunizar crianças. 

Silveira também parabenizou o trabalho da ministra da saúde, Nísia Trindade, em “vacinar o povo brasileiro”. “Em especial as nossas crianças, porque democratizar a ciência é preservar a vida. Isso, ministra, é o que evita números alarmantes como esses que vivemos aqui em Minas Gerais, uma verdadeira epidemia de dengue. Bora, gente, vacinar todo mundo. Vacina salva vidas”, disse.

Na plateia, apoiadores de Lula levaram cartazes escritos “vacina sim”, e quando Zema subiu ao palanque gritaram em defesa do imunizante. Na última semana, o governador de Minas compartilhou um vídeo ao lado do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), afirmando que a vacinação não seria obrigatória para que crianças frequentassem a escola pública estadual.

Zema afirma que é contra “medidas impositivas” e, em entrevista à CNN Brasil, ontem, defendeu que as crianças possam escolher se imunizar ou não. As falas do chefe do Executivo Mineiro repercutiram entre autoridades opositoras. Um grupo de parlamentares levou uma representação contra o governador ao Ministério Público de Minas Gerais, que vai analisar a denúncia. 

Dívida de Minas Gerais 

Silveira ainda citou a dívida de Minas Gerais com a União, avaliada em R$ 160 bilhões. O tema é tratado entre o governo Zema e o Palácio do Planalto, uma vez que o estado não teria condições de quitar os débitos à vista e precisa negociar os termos com o Ministério da Fazenda. 

A dívida é alvo de um plano de Regime de Recuperação Fiscal (RRF) proposto por Zema e em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). No entanto, as medidas de austeridade fiscal são avaliadas como muito rigorosas e danosas ao funcionalismo público, uma vez que prevê apenas duas recomposições salariais e a privatização de empresas mineiras. Em resposta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou uma proposta alternativa em diálogo com Silveira e o presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite (MDB). 

“É importante ressaltar que nos últimos cinco anos, nenhum centavo da dívida foi pago. Uma triste realidade. Ainda bem que vamos encontrar a solução para essa calamidade graças a liderança, sensibilidade humana e política, como a do senhor que é presidente do país”, disse Silveira, defendendo o direito dos servidores de Minas.