Presidente afirma que obras são uma construção coletiva do governo com governadores e prefeitos -  (crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

Presidente afirma que obras são uma construção coletiva do governo com governadores e prefeitos

crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A Press

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou na sua primeira passagem por Minas Gerais desde que foi eleito, nesta quinta-feira (8/2), pregando o diálogo com políticos adversários e frisou os investimentos que estão sendo feitos em Minas Gerais. 

Ao lado de Zema, Lula lembrou do diálogo que precisou ter com o governador Aécio Neves (PSDB) durante a gestão do tucano à frente do Palácio Tiradentes e disse que não faz diferença de tratamento entre governadores e prefeitos. Segundo o presidente, as obras são fruto de diálogo.

“O que queremos é que as obras sejam resultado do compartilhamento das necessidades e não uma invenção do presidente da República. Quando a gente age assim, não governamos, pois cada ministro quer sua obra, quer inventar sua política pública, e no conjunto não acontece nada. Se eu perguntasse para vocês: me lembre de uma obra de infraestrutura que o governo passado fez em Minas Gerais? Certamente vocês não teriam essa obra, porque ela não existiu”, disse. 

Este é o quarto encontro de Lula com governadores considerados de oposição na última semana. O presidente esteve com Ratinho Junior (PSD), do Paraná, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e agora com Romeu Zema. No entanto, o presidente negou que quer separar as bases bolsonaristas. 

“Eu não estou fazendo reunião com governador, estou conversando com o governo do estado que foi eleito pelo mesmo povo que me elegeu, pela mesma urna e tomaram posse e, portanto, tem que governar. Eu nunca vou pedir a um governador ou prefeito para gostar mais ou menos de mim. Eu já sou casado, ali está a Janjinha, e sou muito bem casado”, afirmou.

Lula em Minas

A visita de Lula é a primeira no estado desde as vésperas do segundo turno das eleições de 2022, quando o então candidato derrotou Bolsonaro (PL) por uma margem apertada de 50,90% a 49,10%. A ausência do petista no primeiro ano de governo foi sentida no estado, uma vez que o presidente focou sua agenda em compromissos internacionais como as cúpulas da Organização das Nações Unidas (ONU) e reuniões do G20 e G7. 

Minas é o segundo estado que mais recebe investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com valores previstos na casa dos R$ 171 bilhões. São esperados anúncios do Minha Casa, Minha Vida, novos Institutos Federais (IFs) de Educação e obras na malha rodoviária do estado.