Entre as pessoas denunciadas, está também um dos criminosos mais procurados de Minas Gerais -  (crédito: Divulgação/MPMG)

Entre as pessoas denunciadas, está também um dos criminosos mais procurados de Minas Gerais

crédito: Divulgação/MPMG

Nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Ipanema, na Região do Vale do Rio Doce. Entre elas está um ex-presidente da Câmara Municipal de Pocrane, na mesma região. As acusações são de organização criminosa, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico de drogas e agiotagem, entre 2017 e 2023, nos dois municípios.

 

De acordo com o inquérito policial, o então presidente da Casa Legislativa de Pocrane, que está afastado por decisão judicial, era líder da organização criminosa. Ele estava no controle da operação financeira e fazia a captação de empréstimos e realização de transações ocultas.

 

 

O inquérito demonstrou que o vereador utilizava o cargo público e a influência local para conseguir novos “clientes”. Ele também teria desviado dinheiro pelo menos oito vezes. Além disso, cobrou, por diversas vezes, juros, comissões ou descontos percentuais, sobre dívidas em dinheiro superiores à taxa permitida pela legislação, em desfavor de quatro pessoas e uma empresa.

 

Entre as pessoas denunciadas está também um dos criminosos mais procurados de Minas Gerais. Ele estava foragido e foi preso no estado de São Paulo, em setembro. Durante as investigações feitas no inquérito que deu base à denúncia, o paradeiro dele foi descoberto.

 

O criminoso é acusado de diversos crimes graves, que incluem homicídio qualificado, porte de arma de uso restrito, roubo com emprego de arma de fogo, restrição de liberdade das vítimas em assaltos a bancos, associação criminosa armada e tráfico de drogas. A pena total poderá ser de mais de 73 anos de prisão.

 

Além da condenação, o MPMG pede que os denunciados que são agentes públicos percam o cargo, função, emprego ou mandato. O órgão também solicita que eles sejam proibidos de exercer funções ou cargos públicos por oito anos, válidos depois do cumprimento da pena.