Tarcísio defendeu o PAC como forma de movimentar a economia -  (crédito: Ricardo Stuckert/PR)

Tarcísio defendeu o PAC como forma de movimentar a economia

crédito: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fizesse um discurso elogiando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) durante cerimônia no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (12/11). A fala do paulista não estava prevista, mas Lula reclamou que algum governador deveria falar durante o evento.

 

“Acho que o presidente Lula me escolheu porque eu estou levando o maior cheque. Mas, de fato, a gente fica muito satisfeito de ver esses projetos viabilizados. O PAC é um instrumento para isso. São projetos importantes para todos os estados que estão aqui presentes", disse.

 

Tarcísio ainda pontuou que o PAC tem capacidade de movimentar toda uma cadeia produtiva e gerar emprego nos Estados. "Para a realização da COP, para a infraestrutura do Mato Grosso do Sul, para o saneamento lá no Ceará. Ou seja, projetos que vão gerar, como o ministro Rui [Costa] falou, compra de material de construção, vão movimentar o comércio, vão movimentar a indústria e gerar emprego. São mestres de obras e carpinteiros que terão oportunidade de trabalhar", disse.

Apesar de serem opositores, Lula e Tarcísio se aproximaram em 2023, considerando a importância e influência de São Paulo na União. O governador, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro, tem participado de ações com Lula e tendo um diálogo próximo ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), principalmente no que tangem os debates da reforma tributária.

 

Em discurso, Lula disse que não importa a filiação partidária de Tarcísio, lembrando que ele foi democraticamente eleito. “Quero conversar com todos os prefeitos e governadores para melhorar a vida de cada brasileiro”, afirmou.

 

No evento, o presidente participou do anúncio de investimentos de bancos públicos em obras nos Estados brasileiros, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O petista ressaltou que essa deve ser a função dos bancos públicos: “Fazer o que os bancos privados não querem”.

 

“O Pacto Federativo quase foi destruído no nosso país. Nunca compreendi uma pessoa querer governar sem dialogar com os estados e os municípios. E esse evento, de investimentos dos bancos públicos nos estados, é o retorno do financiamento público que chega na vida das pessoas”, completou.