Camilo Santana se reuniu com o presidente Lula na manhã desta segunda-feira (6/11) para apresentar um balanço do ENEM -  (crédito: Luis Fortes/MEC)

Camilo Santana se reuniu com o presidente Lula na manhã desta segunda-feira (6/11) para apresentar um balanço do ENEM

crédito: Luis Fortes/MEC

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na manhã desta segunda-feira (6/11) com o ministro da Educação, Camilo Santana, e representantes da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Eles discutiram como será feito o atendimento das renegociações de dívidas do Programa de Financiamento Estudantil (Fies). Camilo garantiu que as negociações têm início nesta terça-feira (7).

 

"São mais de 1,8 milhão de pessoas que terão o direito de renegociar. Isso significa R$ 54 bilhões de dívidas que poderão ser renegociadas com condições muito favoráveis, podendo chegar ao desconto de 99% do valor principal e 100% dos juros de multa. Você pode pagar 1% da dívida, dependendo da condição que ela esteja", explicou o ministro. De acordo com ele, a resolução com todas informações sobre o atendimento deve ser publicada do Diário Oficial da União (DOU) ainda hoje, para que os trabalhos já comecem amanhã.

 

 

"A preocupação do presidente é realizar essas negociações o mais rápido possível. A partir de amanhã, as agência de todo Brasil da Caixa e do Banco do Brasil já poderão receber esses clientes do Fies. O atendimento vai ocorrer, inclusive, por telefone, via 0800", declarou Camilo.

 

Segundo o ministro, inadimplentes e adimplentes poderão renegociar os pagamentos com condições especiais. Ao comentar sobre novas regras que estão sendo pensadas para o financiamento, Camilo também enfatizou que será considerado quem são as pessoas que não pagam "porque não querem" e quem "não paga porque não tem condições".

 

No Brasil todo, são mais de 1,2 milhão de contratos inadimplentes do Fies. O estado com o maior número é São Paulo (294 mil), seguindo por Minas Gerais (127 mil), Bahia (108 mil) e Rio de Janeiro (96 mil). Os estados que registram o menor número de não pagantes são: Roraima (4,2 mil), Tocantins (5 mil) e Rondônia (8 mil). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC).