A Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG) propôs uma Ação Civil Pública, na 10ª Vara Cível e Juizado Especial Federal Adjunto de Belo Horizonte contra a Meta, empresa responsável por redes sociais como WhatsApp, Instagram e Facebook, para enfrentar o golpe do falso advogado. Essa ação jogou luz sobre uma tática criminosa que cresce no país: o golpe do falso advogado. No entanto, essa fraude é apenas uma das muitas armadilhas digitais que vitimam brasileiros diariamente, explorando desde a urgência financeira até a busca por um novo emprego.

A instituição alega que, a grande frequência dos golpes pode ser justificada pela demora das plataformas da Meta em não remover com urgência os perfis falsos, além de não possuir mecanismos eficazes de autenticação, permitindo que contas fraudulentas continuem ativas, mesmo após denúncias feitas. 

Os esquemas se modernizam constantemente, utilizando técnicas de engenharia social para enganar e causar prejuízos financeiros e emocionais. Conhecer os métodos mais comuns é o primeiro passo para se proteger. As abordagens variam, mas quase sempre envolvem um senso de oportunidade imperdível ou de emergência.


Os 7 golpes mais aplicados

1. Falso advogado: criminosos se passam por advogados usando fotos e dados reais dos profissionais. Eles entram em contato com clientes que possuem processos na Justiça, informam sobre uma suposta liberação de valores e pedem um pagamento adiantado para cobrir "custas processuais".

2. Golpe do Pix: acontece de várias formas, como o envio de um QR Code falso em uma suposta promoção ou o contato de um golpista se passando por um familiar ou amigo pedindo uma transferência urgente para resolver um problema.

3. Falso leilão online: sites fraudulentos imitam portais de leilão conhecidos, oferecendo veículos e outros bens com preços muito abaixo do mercado. A vítima realiza o pagamento do lance, mas o produto nunca é entregue.

4. Vaga de emprego falsa: anúncios atraentes em redes sociais ou aplicativos de mensagem prometem salários altos e poucos requisitos. Para "garantir a vaga", os golpistas exigem o pagamento de taxas para exames, cursos ou materiais.

5. Clonagem do WhatsApp: o criminoso consegue acesso à conta da vítima e começa a pedir dinheiro emprestado para os contatos, simulando uma emergência. A ativação da verificação em duas etapas é a principal forma de prevenção.

6. Falsa central de atendimento: a vítima recebe um SMS, e-mail ou ligação de alguém que se passa por funcionário de um banco ou empresa. Com a desculpa de um problema na conta ou de uma compra suspeita, o golpista solicita dados pessoais e senhas.

7. Golpe do amor: perfis falsos em aplicativos de relacionamento são usados para construir uma relação de confiança com a vítima. Após um tempo, o golpista inventa uma dificuldade financeira e pede ajuda, desaparecendo após receber o dinheiro.

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Como se proteger dos golpes online

  • Sempre desconfie de ofertas que parecem boas demais para ser verdade e de pedidos urgentes de dinheiro.

  • Nunca realize pagamentos adiantados para liberar supostos prêmios, valores de processos ou garantir vagas de emprego.

  • Antes de fazer uma transferência para um conhecido, ligue para a pessoa para confirmar a história. Verifique a identidade de empresas e profissionais em canais oficiais.

  • Não clique em links recebidos de fontes desconhecidas e nunca compartilhe senhas ou códigos de verificação.

  • Ative a verificação em duas etapas em todas as suas contas online, como WhatsApp e aplicativos de banco.

  • Caso seja vítima, registre imediatamente um Boletim de Ocorrência (B.O.) e entre em contato com seu banco.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

*Estagiária sob supervisão do editor João Renato Faria

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