Golpe do falso advogado: OAB-MG processa conglomerado de redes sociais
A instituição afirma que a omissão da empresa em deletar contas falsas pode explicar o grande número de golpes
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A Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG) propôs uma Ação Civil Pública, na 10ª Vara Cível e Juizado Especial Federal Adjunto de Belo Horizonte contra a Meta, empresa responsável por redes sociais como WhatsApp, Instagram e Facebook, para enfrentar o golpe do falso advogado.
De acordo com a instituição, a grande frequência dos golpes pode ser justificada pela demora das plataformas da Meta em não remover com urgência os perfis falsos, além de não possuir mecanismos eficazes de autenticação, permitindo que contas fraudulentas continuem ativas, mesmo após denúncias feitas.
“Nessa ação buscamos que seja feita a remoção imediata de perfis falsos; a criação de sistemas de verificação mais seguros; rastreabilidade das contas usadas em crimes; mecanismos eficazes de resposta e prevenção e proteção da advocacia e dos consumidores mineiros”, explicou o presidente da OAB-MG, Gustavo Chalfun.
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Golpe do falso advogado
O ‘Golpe do Falso Advogado’ é descrito por Chalfun como uma “modalidade sofisticada de estelionato digital”. Os golpistas se aproveitam da credibilidade da advocacia para criar perfis falsos de profissionais e assim enganar clientes, principalmente aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
Em maio, a reportagem do Estado de Minas conversou com uma vítima do golpe. Na ocasião, a publicitária de 53 anos, que preferiu não ser identificada, relatou que ela e sua mãe entraram com uma ação contra uma companhia aérea. Em um dia, um perfil falso - se passando pelo escritório da advogada contratada - entrou em contato solicitando o pagamento de um imposto, que não estava previsto, no valor de R$ 2 mil.
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A OAB-MG ainda requereu providências para coibir o golpe do falso advogado junto à Polícia Civil e Polícia Federal, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Para a instituição, a maneira com que as plataformas funcionam desrespeita a segurança, prevenção e proteção dos cidadãos previstos Código de Defesa do Consumidor e na Lei Geral de Proteção de Dados.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos