A investigação, que durou meses, identificou um casal de empresários de Uberlândia (MG) como pivô do esquema -  (crédito: Divulgação/PCDF)

A investigação, que durou meses, identificou um casal de empresários de Uberlândia (MG) como pivô do esquema

crédito: Divulgação/PCDF

Correio Braziliense Na manhã desta terça-feira (2/4), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT) do Departamento de Combate ao Crime Organizado— Decor, deflagrou a Operação Identidade Dobrada, cujo objetivo era desarticular um grupo criminoso especializado em sonegação de impostos.

 

O grupo atuava há cerca de uma década no Distrito Federal e utilizava empresas fantasmas, criadas com documentos falsos, inclusive carteiras de identidade, para sonegar impostos, causando um prejuízo de R$ 43,7 milhões aos cofres públicos do DF.

A investigação, que durou meses, identificou um casal de empresários de Uberlândia (MG) como pivô do esquema. Na operação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em residências dos envolvidos, no escritório de contabilidade que prestava serviços ao casal de empresários e em outros locais. A ação contou com a participação de cerca de 30 policiais civis do Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná.

 

Na ação desta manhã, não houve buscas nos endereços das empresas envolvidas no esquema, uma vez que trata-se de empresas fantasmas, ou seja, só existem no papel. As diligências realizadas possibilitaram à PCDF recolher provas para fortalecer os indícios contra os investigados, identificar outros envolvidos no esquema, verificar o destino dos valores sonegados, apreender bens e valores para ressarcir os cofres públicos e concluir o inquérito policial.

 

Outros envolvidos nos crimes residem em Valparaíso de Goiás (GO) e Maringá (PR). Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de integração em organização criminosa ou associação criminosa, sonegação fiscal, falsificação de documento, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.


Se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão. A PCDF dará andamento à investigação para identificar todos os envolvidos no esquema e concluir o inquérito policial.