Cláudia tinha 38 anos, era mãe de quatro filhos e criava quatro sobrinhos. -  (crédito: Arquivo pessoal/Reprodução)

Cláudia tinha 38 anos, era mãe de quatro filhos e criava quatro sobrinhos.

crédito: Arquivo pessoal/Reprodução

O 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, por meio do juiz Alexandre Abrahão Teixeira, inocentou seis policiais militares apontados como suspeitos por matar e arrastar em um carro da corporação, a auxiliar de serviços gerais Cláudia Ferreira, na Zona Norte do Rio, há dez anos. Os policiais respondiam por homicídio e por remover o corpo da mulher do local.

 

Segundo a decisão, os policiais teriam atirado em traficantes e incorreram em "erro de execução". "Os acusados agiram em legítima defesa para repelir a injusta agressão provocada pelos criminosos, incorrendo em erro na execução, atingindo pessoa diversa da pretendida", justificou o juiz Alexandre.

 

 

Cláudia Ferreira tinha 38 anos quando foi baleada no pescoço após sair de casa, no Morro da Congonha, para comprar pão. Segundo relatos de testemunhas, na ocasião, os PMs colocaram Cláudia na viatura alegando que estavam socorrendo a mulher. No trajeto para o hospital, o compartimento da viatura abriu e o corpo da mulher foi parcialmente jogado para fora do veículo, fazendo com que ela fosse arrastada por cerca de 350 metros.

 

No momento em que a mulher foi atingida, os PMs trocavam tiros com traficantes do Morro da Congonha, em Madureira, na Zona Norte do Rio.

 

 

Rodrigo Medeiros Boaventura, capitão que comandava a patrulha, e Zaqueu de Jesus Pereira Bueno, foram inocentados pela decisão do juiz. Denunciados pela remoção do corpo da Cláudia do local, os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo, o sargento Alex Sandro da Silva Alves e o cabo Gustavo Ribeiro Meirelles, também foram absolvidos.