Um tribunal ucraniano ordenou, nesta sexta-feira (26), a prisão preventiva do suspeito do assassinato na semana passada da ex-deputada ultranacionalista Irina Farion, informou a imprensa local.
Farion foi deputada entre 2012 e 2014 pelo partido ultranacionalista Svoboda e era conhecida por sua campanha apaixonada contra o uso do idioma russo na Ucrânia.
O veículo estatal ucraniano Suspilne indicou que um tribunal de Lviv, no oeste da Ucrânia, decretou a prisão preventiva do suspeito por 60 dias à espera do julgamento.
O acusado se identificou como Vyacheslav Zinchenko e foi preso esta semana em Dnipro, 800 quilômetros a leste de Lviv.
O jovem de 18 anos - que não se declarou culpado - é acusado de assassinato premeditado e pode pegar uma pena de 15 anos de prisão.
As autoridades anunciaram nesta quinta-feira a prisão do suspeito do assassinato de Farion, uma linguista de 60 anos que causou controvérsia por sua defesa ferrenha do idioma ucraniano após a invasão russa que começou em fevereiro de 2022.
Em 2023, Farion causou polêmica por criticar os soldados ucranianos que continuam falando russo enquanto enfrentam as tropas de Moscou.
Antes da invasão, o uso do russo era muito difundido na Ucrânia, especialmente nas regiões do leste. Desde então, muitas pessoas decidiram deixar de falar russo e as autoridades promovem o ucraniano.
Os investigadores consideram que o autor material do assassinato a tiros ocorrido em 19 de julho pode ter agido seguindo ordens.
O enterro de Farion reuniu milhares de pessoas nas ruas do centro de Lviv, um dos bastiões históricos do movimento nacionalista ucraniano.
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