Joca deveria ter sido levado do Aeroporto de Guarulhos para Sinop, no Mato Grosso. Porém, por um erro na logística, o cão seguiu para Fortaleza e passou oito horas no avião -  (crédito: Reprodução/jfantazzini)

Joca deveria ter sido levado do Aeroporto de Guarulhos para Sinop, no Mato Grosso. Porém, por um erro na logística, o cão seguiu para Fortaleza e passou oito horas no avião

crédito: Reprodução/jfantazzini

O prazo para que a companhia aérea Gol preste esclarecimento sobre a morte do cachorro Joca à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) termina nesta segunda-feira (29/4). Joca deveria ter sido levado do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, no Mato Grosso. Porém, por um erro na logística, o cão seguiu para Fortaleza (CE) e passou oito horas no avião. Ao Correio, a Gol disse que vai responder à Anac dentro do prazo estipulado.

 

Após desembarcar em Sinop, o tutor de Joca, João Fantazzini, foi notificado do erro e optou por voltar a Guarulhos para reencontrar o pet. Porém, quando chegou, foi informado da morte do cachorro. O caso ocorreu na última segunda (22/4).

 

 

A Anac solicitou à Gol os detalhes sobre as condições de transporte do animal, o envio para localidade diversa da contratada e as condições para a prestação desse tipo de serviço. O objetivo é abrir processo de fiscalização conforme as constatações apuradas. O ministro dos Portos e a Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou a criação de um grupo de trabalho interno para apurar o caso. "A gente quer cada vez mais, com todos que defendem essa causa, pensar ao lado da Anac em políticas públicas em defesa da causa animal no Brasil, que é uma defesa de todo o povo brasileiro”, disse o ministro, na última quarta-feira (24/4).

 

Segundo a Anac, cabe às companhias aéreas decidirem pela venda e prestação do transporte de animais domésticos. Para isso, as empresas avaliam tempo de voo, tipo de equipamento, estrutura aeroportuária e de pessoal, quantidade e espécie de animais a bordo. "A Anac esclarece que o transporte de animais de estimação e animais de assistência emocional, quando ofertado pelas empresas aéreas, implica a responsabilidade destas pelos animais transportados desde o embarque até o recebimento, aplicando-se as disposições constantes do contrato firmado entre as partes", explica a agência.

 

Nos casos de dano causado ao animal de estimação ou de assistência emocional no decorrer do transporte, o transportador aéreo deverá indenizar o passageiro. A Gol afirmou que foi surpreendida pela morte do animal e que está oferecendo o suporte necessário ao tutor e sua família. "A apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com total prioridade pelo nosso time", disse a empresa.