Morreu na noite deste domingo (14/12) o fotojornalista belo-horizontino Marcelo Prates, aos 70 anos. A causa, de acordo com o laudo, foi choque vasoplégico grave. O fotógrafo teve um infarto na semana passada e acabou sofrendo complicações depois de passar por uma cirurgia. Com passagens por diversos veículos, ele deixa sete filhos.
Conforme informado pela família do jornalista, o velório e o sepultamento foram realizados na tarde desta segunda-feira (15/12), no cemitério Parque da Colina, no Bairro Nova Cintra, Região Oeste de Belo Horizonte.
Trajetória
Nascido em 28 de fevereiro de 1955, Marcelo era apaixonado pela fotografia e pelo Clube Atlético Mineiro. Formado em comunicação social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), passou por grandes jornais do Brasil e do mundo.
Teve oportunidade de trabalhar no jornal O Globo, por dez anos, e no Hoje em Dia, na capital mineira, onde foi editor de fotografia de 1998 até 2016. Prates ainda foi membro fundador da Agência Extra Fotojornalismo, entre 1987 e 1997.
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Além disso, ficou conhecido por seus trabalhos como freelancer para os jornais Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Correio Braziliense e Estado de Minas e para as revistas Veja e Manchete.
O fotógrafo também marcou presença em veículos internacionais como o jornal Liberación e Revista Le Observacion, na França; Jornal Correio Dela Sierra, na Itália, e Agência France Press. Também trabalhou para a Agência Futura Press em Nova York e foi editor de fotografia da Revista Inclusive.
Marcelo ainda publicou os livros “Grande Hotel de Araxá - eterna fonte da beleza e da memória”; “Pássaros da Liberdade” e “Palácio da Liberdade - Arte e beleza no espaço político”.
Homenagens
Amigos e familiares lamentaram a perda do fotojornalista. Ao Estado de Minas, o filho expressou sua admiração pelo pai.
“Meu pai era puro e simplesmente o que a fotografia dele representava. Assim como na fotografia, ele sempre extraiu o mais lindo daquilo que fotografou. Na vida ele era assim. Sempre aprendi com ele a extrair sempre o melhor de cada pessoa”, comentou Lucas Prates, filho de Marcelo e que seguiu os passos do pai na profissão.
Nas redes sociais, conhecidos e admiradores também prestaram homenagens. "Tenho ótimas recordações dele da minha época de labuta jornalística. Fora da redação, ele amava registrar pássaros, fenômenos da natureza como eclipses, raios e superluas", escreveu Vanessa Vaz.
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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais também divulgou uma nota de pesar nas redes sociais. "O sindicato lamenta a partida precoce de um grande e respeitado jornalista, além de ser um apoiador da entidade, da qual frequentava assiduamente e onde há um painel exposto com fotos de sua cobertura das Diretas Já, em Belo Horizonte", escreveu.
Na publicação da entidade, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, prestou homenagem à Marcelo. “Meus sentimentos aos familiares e amigos. Muito triste”, escreveu.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata
