A defesa de Renê da Silva Nogueira Júnior, réu e assassino confesso de Laudemir Fernandes de Souza, gari morto com um tiro enquanto trabalhava no Bairro Vista Alegre, na Região Oeste de Belo Horizonte, em agosto deste ano, uniu documentos que supostamente comprovam o vínculo acadêmico do empresário com universidades de renome no Brasil e no mundo.

Renê passa pela primeira audiência de instrução, na manhã desta terça-feira (25/11), no 1º Tribunal do Júri Sumariante, no Fórum Lafayette Criminal e de Família, localizado no Centro da capital. Na ocasião, oito testemunhas de acusação prestarão depoimento. No dia seguinte, na quarta-feira (26), seis testemunhas de defesa serão ouvidas. Também está previsto interrogatório do réu. 

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Bruno Rodrigues, advogado que representa o empresário, juntou ao processo diversos diplomas e documentos que comprovam o vínculo acadêmico do réu com os centros de ensino Estácio de Sá, USP, Fundação Dom Cabral, Harvard Business Brasil e com a Ambev. 

Conforme os registros, a inclusão dos documentos é feita para “demonstrar a inveracidade de notícias na imprensa a respeito da formação acadêmica e dos vínculos jurídicos institucionais do acusado noticiados como inexistentes”.

Conforme o TJMG, foram apresentados documentos da Universidade Estácio de Sá, onde Renê teria feito um curso superior de tecnologia em marketing; da Universidade de São Paulo (USP), onde ele teria feito especialização MBA Varejo e Mercado de Consumo; da Fundação Dom Cabral, pelo Programa de Desenvolvimento de Conselheiros; da Harvard Business Review Brasil, com o curso de desenvolvimento pessoal para líderes e de um programa de treinamento da Ambev.

Conforme currículo de Renê da Silva publicado on-line e acessado pelo Estado de Minas à época do crime, Renê afirmou ter graduação em administração e marketing pela PUC-Rio e Universidade Estácio de Sá, além de títulos de MBA em Gestão de Projetos pelo Ibmec e Bens de Varejo e Consumo pela USP. O currículo profissional também registrava que ele já ocupou cargos de liderança em multinacionais como a Redbull, BRF, Ypê, Kraft Heinz, J Macêdo e Ambev. O documento da PUC-Rio e demais empresas não foi citado no processo.

Na plataforma profissional, Renê se descrevia como “líder, com boa capacidade de comunicação e motivação de equipes diretas e indiretas, com prática no acompanhamento e desenvolvimento de profissionais”. A página do currículo do réu não está mais disponível para consulta.

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A defesa de Renê da Silva foi consultada para esclarecimentos sobre a apresentação de documentos e retornou que está concentrada na audiência, mas que está disponível para esclarecimentos posteriores. A USP e a Harvard Business Review foram consultadas para a confirmação das informações e o espaço segue aberto.

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