André Lefon Ribeiro de Souza Martins, homem de 24 anos que fingiu ser major do Exército para aplicar um golpe de R$ 51 mil na namorada e na família dela, teve a liberdade provisória decretada pela Justiça. Assim que liberado, ele deverá usar uma tornozeleira eletrônica por 120 dias. 

Na decisão, publicada na manhã desta sexta-feira (21/11), o Juíz Valter Guilherme Alves Costa determinou que André poderá ser solto mediante pagamento de fiança de R$ 3 mil. Para além disso, o homem deve seguir medidas cautelares que incluem manter uma distância de pelo menos 200 metros da vítima, comparecer a todos os atos processuais a que for intimado e manter o endereço atualizado. Caso as ordens não sejam cumpridas, ele poderá ser preso preventivamente.

Conforme documento da audiência de custódia, para além do golpe financeiro e falsificação ideológica, a namorada também relatou que sofreu violências psicológicas ao longo da convivência. 

O farsante foi preso no apartamento onde vivia, no bairro Nova Suíça, Região Oeste de Belo Horizonte, na noite de quinta-feira (20). A Polícia Militar recebeu uma denúncia de que um morador do prédio estava armado e fazia ameaças à namorada. Conforme os registros, o suspeito dizia que era major do Exército e poderia matá-la. 

No entanto, questionado pelos militares que atenderam à ocorrência, André negou ser oficial do Exército e disse que apenas tinha se alistado e tentado concursos. O boletim de ocorrência também registra que o homem se casou usando farda do exército e apresentou uma certidão de casamento falsa.

Golpe

Conforme a denúncia, o homem contou à namorada e à família dela que passou em um concurso para a Interpol, mas que precisava fazer alguns cursos para ocupar o cargo e não tinha dinheiro para os estudos. Com isso, conseguiu que os parentes da namorada o “ajudassem” com R$ 51.852,97.

Segundo o pai da namorada, o homem teria apresentado à família um documento falso do Diário Oficial da União que constava sua promoção para o posto de major. A falsa publicação também continha um currículo por suas passagens em unidades do Exército. Apresentados os documentos, a família autorizou que ele morasse com a jovem. 

André foi preso em flagrante pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato, usurpação de função pública e uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar.

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A defesa de André foi procurada para esclarecimentos acerca da liberdade provisória e a reportagem aguarda retorno.

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