Cerca de 300 mil estudantes mineiros participaram do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 nesse domingo (9/11), sendo 70 mil só em Belo Horizonte. O teste teve uma proposta de redação e questões objetivas de linguagens, códigos e suas tecnologias e ciências humanas.

Os vestibulandos tiveram até as 13h para entrar nos locais de prova e o exame se iniciou às 13h30. A reportagem do Estado de Minas foi até o campus da Pontifícia Universidade Católica (PUC) Minas no Coração Eucarístico, na Região Noroeste de Belo Horizonte, onde o trânsito ficou congestionado e teve tensão nos instantes finais do tempo de entrada. A última pessoa a entrar foi uma mulher, que, com expressão tranquila passou pelo portão quando ele já estava sendo fechado.

A última candidata a chegar na PUC Minas para o primeiro dia de Enem Leandro Couri/EM/D.A. Press
Trânsito congestionado no bairro Coração Eucarístico Leandro Couri/EM/D.A. Press
Candidatos chegando no local de prova do Enem 2025 Leandro Couri/EM/D.A. Press
Era obrigatório levar documento oficial com foto e caneta preta para o Enem Leandro Couri/EM/D.A. Press
Candidatos na chegada para o Enem 2025, na PUC Minas, em Belo Horizonte Leandro Couri/EM/D.A. Press

Outra estudante, Tainá Cristine Libério, pegou trânsito e chegou depois do que imaginava, mas ainda a tempo de entrar na faculdade. Quando chegou ao portão, foi às lagrimas em meio à expectativa para o Enem, mas foi tranquilizada pela mãe e por pessoas que estavam no local para apoiar os vestibulandos.

A mãe dela, Ana Paula Libério, contou sobre o momento de tensão: “Foi na correria, por causa do trânsito. Nós saímos cedo, mas agarramos e tivemos que vir correndo. Na hora que chegou, ela estava muito ansiosa. Foi aí que ela começou a chorar e eu chorei também. Mas, graças a Deus, ela entrou”.

A grande maioria dos que realizaram o exame tem entre 17 e 20 anos, idade em que os estudantes estão concluindo ou acabaram de concluir o ensino médio.

“Foi um ano de muito estudo, desde janeiro estudando muito. Sinto que estou preparado para essa prova e vai dar tudo certo”, disse Guilherme Samuel, de 18 anos. Já formado no ensino médio, ele fez cursinho para prestar o Enem pela primeira vez neste ano e pretende cursar administração.

Já o Lucas Augusto, de 25 anos, estudou por conta própria. No segundo ano prestando o Enem, sonha em passar em engenharia civil. “Estou bem tranquilo. Nem ansioso, nem nada. É ser leve e feliz”, relatou.

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Treineiros

Outros estudantes que ainda não estão na época de concluir o ensino médio fizeram a prova para pegar experiência são os chamados "treineiros". Eles buscam se acostumar com a tensão dos dias de prova e fazer uma autoavaliação. É o caso do Artur Marchetto, de 16 anos, aluno do segundo ano do ensino médio. “Estou bem tranquilo. Quero testar agora para no ano que vem não fazer nada de errado”, afirmou.

O jovem tem afinidade com exatas e quer cursar engenharia mecânica após concluir o ensino médio, mas garantiu estar preparado para as duas provas: “Treinei bastante para isso. Treinei muito para a redação, espero tirar pelo menos 700. Para testar e ver se ano que vem consigo ir ainda melhor”.

No próximo domingo (16/11), os candidatos voltam às salas de aula para uma prova de matemática e ciências da natureza.

Redação

O tema da redação do Enem 2025 foi "Perspectivas do envelhecimento na sociedade brasileira". A prova pede um texto dissertativo-argumentativo de até 30 linhas com introdução, desenvolvimento e conclusão com uma proposta de intervenção social. A redação costuma representar cerca de 20% da nota bruta total do exame.

A proposta segue a tendência que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela prova, tem adotado nos últimos anos. No retrospecto recente, a entidade tem destacado desafios de grupos socialmente marginalizados no Brasil. Os últimos temas foram: "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil" (2024), "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil" (2023) e "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil" (2022).

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