Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Minas Gerais serão enviados à cidade do Rio de Janeiro para apoio à megaoperação "Contenção", realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense.
A operação contra o crime organizado, considerada a mais letal do estado, resultou na morte de pelo menos 64 pessoas, entre eles 60 civis, dois policiais civis e dois policiais militares do Bope nessa terça-feira (28/10).
De acordo com o inspetor Aristides Junior, chefe da Comunicação Social da PRF-MG, informações estratégicas como quantidade do efetivo enviado, datas de envio e retorno e detalhes da operação não serão divulgados.
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Procurada pela reportagem, a Coordenação-Geral Comunicacional da PRF informou que, desde que foi deflagrada a operação, o policiamento nas rodovias federais que cortam o estado fluminense foi reforçado. Com isso, agentes de diversas partes do país estão sendo mobilizados para reforçar o policiamento e garantir a segurança viária não apenas do RJ, como também das vias que dão acesso aos municípios com os quais faz divisa.
Segundo a gestão federal, o reforço será mantido em pontos estratégicos e permanecerá por tempo indeterminado. No entanto, pela “preservação da segurança orgânica e efetividade da ação”, a PRF informou que não irá divulgar os pontos de atuação ou informações sobre a mobilização do efetivo.
Operação
A operação policial, que também foi a maior da história, contou com 2.500 agentes de segurança pública e teve como objetivo o desmantelo do Comando Vermelho (CV), a principal organização criminosa da cidade do Rio. Até o momento, foram confirmadas 81 prisões, além da apreensão de 96 armas de grosso calibre e de uso exclusivo das forças armadas.
Na madrugada desta quarta-feira (29), moradores do Complexo da Penha expuseram os corpos de 50 pessoas na praça pública São Lucas, até a remoção do Instituto Médico-Legal (IML). Conforme a Agência Brasil, os moradores afirmaram que os corpos foram encontrados em matas e não constam na contagem oficial.
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Segundo exposto ao g1, o secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, informou que, a princípio, os corpos não constam na contabilidade oficial, mas que será feita uma perícia para apurar se há relação entre os corpos e a operação.
