Cerca de 40 dentistas são demitidos em Teófilo Otoni; CRO-MG se pronuncia
Segundo o Conselho da categoria, os profissionais trabalhavam em postos de saúde e no Centro Odontológico da cidade. Demissão se deve à nova jornada do SUS
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Cerca de 40 cirurgiões-dentistas que atuavam em postos de saúde e no Centro Odontológico de Teófilo Otoni, no Vale do Jequitinhonha, foram demitidos neste mês, de acordo com o Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CRO-MG). O órgão alega que o motivo dos cortes é a não adequação da jornada exigida pelo SUS para os profissionais que atendem no Programa Saúde da Família.
O CRO-MG fez uma publicação no Instagram lamentando o ocorrido nessa terça-feira (12/8). No post, o conselho informa que os profissionais trabalhavam em postos de saúde e no Centro Odontológico de Teófilo Otoni. Nos comentários, os usuários pedem que o CRO-MG tome providências e reclamam de más condições de trabalho.
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Na legenda do post está escrito “estamos verificando se todos os direitos trabalhistas dos profissionais demitidos foram respeitados e, desde já, colocamos à disposição nosso canal de denúncias para o recebimento de quaisquer informações ou reclamações sobre possíveis irregularidades”.
Em entrevista ao Estado de Minas, o presidente do conselho, Raphael Castro Mota, disse que ainda não foram apuradas as questões trabalhistas, mas garantiu que há canais abertos para o recebimento de denúncias.
Depois de postado o pronunciamento, Raphael explicou que foi procurado por colegas dentistas. “Começaram a me procurar para relatar que as condições eram precárias, que até EPIs (equipamentos de proteção individual) tinham que levar para o trabalho”. Segundo o presidente, esta é uma afronta à dignidade profissional e à segurança no trabalho.
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O CRO-MG defende que “a modalidade de credenciamento não é a forma adequada para prover as UBS com o atendimento odontológico, conforme impugnação já formalizada ao Município por ocasião do primeiro edital de credenciamento em 2023”.
Dentistas demitidos não quiseram se pronunciar porque temem represália e querem concorrer no novo certame.
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A Prefeitura de Teófilo Otoni foi procurada pelo EM para esclarecimentos, mas não retornou.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice