MG: padre pede 'paz e respeito' após suspensão do relógio de igreja matriz
Em carta divulgada nas redes sociais aos fiéis, o pároco afirmou que buscará uma decisão justa para ambos os lados
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O padre Jackson de Sousa Braga, responsável pela Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Rio Espera, na Zona da Mata, fez um apelo nas redes sociais por paz e respeito após a suspensão das badaladas noturnas do relógio da igreja matriz. Depois de uma ação ajuizada contra o santuário e o pároco, a juíza da 4ª Vara Cível da Comarca de Conselheiro Lafaiete determinou que o aparelho fique inativo entre 0h30 e 4h15 da madrugada.
A decisão judicial atendeu a um pedido de um dentista que mora ao lado da paróquia. Ele alega que já havia feito um acordo com o padre Jackson para que o relógio tocasse menos vezes, mas o combinado não estava sendo cumprido.
A magistrada alegou que, embora o pedido inicial visasse limitar o toque no intervalo das 7h às 19h, o acordo homologado estabelece o período de silêncio apenas entre 0h30 e 4h15. Em nota divulgada à comunidade, a paróquia informou que suspenderá o sino do relógio até a conclusão do processo.
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A decisão judicial que determinou a suspensão das badaladas noturnas tem gerado controvérsias na comunidade local, que se mobiliza em defesa de sua manutenção, considerando-as parte da tradição e do patrimônio cultural da cidade.
Nas redes sociais da igreja, o sacerdote publicou uma carta aos fiéis, pedindo ponderação nos comentários, falas e ações relacionadas à suspensão do relógio. "Peço que nunca se esqueçam de que somos cristãos, e Nosso Senhor Jesus Cristo nos mandou amar a todos, inclusive aqueles que se consideram inimigos (Mt 5, 43–48). Essa questão deve ser resolvida em paz”, escreveu.
Jackson Braga também destacou a importância do respeito ao próximo. "Não podemos confundir as coisas nem deixar que os ânimos saiam do controle. Vamos fazer o máximo para conseguir uma boa decisão para todos. Porém, não vamos nos impor pela força, mas sim pela verdade e pelo amor", disse em comunicado.