
PBH assina ordem de serviços para início dos estudos do BRT Amazonas
A previsão é de que os estudos de mobilidade do BRT Amazonas fiquem prontos no fim de 2026. A prefeitura também anunciou obras no Cabana do Pai Tomás
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Siga noA Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) assinou ordem de serviços, nesta quarta-feira (19/6), para que sejam iniciados os estudos e projetos de mobilidade urbana do BRT Amazonas. Durante o evento, o prefeito Fuad Noman (PSD) e secretários da PBH vistoriaram a primeira etapa de obras de urbanização do Cabana do Pai Tomás e anunciaram a construção de uma unidade do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) na região.
As intervenções do BRT Amazonas incluem também um projeto urbanístico para a comunidade, localizada às margens da Avenida Amazonas. O corredor passará a ter tratamento prioritário para o transporte coletivo e será a principal ligação entre as regionais Barreiro e Oeste com o centro da cidade. Com 39 km de extensão, o projeto prevê faixas exclusivas de ônibus à esquerda da via, com estações de transferência semelhantes às dos corredores MOVE Antônio Carlos e Cristiano Machado.
Obras no Cabana

Prédio na Rua Capim Branco, no Bairro Vista Alegre, será reformado para receber unidade do CRAS
O Cabana do Pai Tomás receberá, além de adequações no viário, obras de saneamento básico, de tratamento de áreas de risco e a construção de conjuntos habitacionais. Também será construído na comunidade um CRAS.
“É uma população muito vulnerável que existe lá. Um equipamento desse, um CRAS desse, consegue referenciar até 5 mil famílias. É uma oportunidade muito boa de, em um processo de urbanização, contemplar também o viés social”, defende o secretário de assistência social, Josué Valadão.
Um prédio no Bairro Vista Alegre, próximo ao Cabana, será “remodelado” para receber outra unidade do CRAS, que contará com uma academia da cidade e espaços de entretenimento. A obra deverá ser entregue em oito meses.
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Transporte Público
O BRT Amazonas está incluído no Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte. O documento, que norteia as políticas públicas e intervenções no transporte coletivo da cidade, previu que o corredor estaria em funcionamento em 2025. No entanto, apenas esta próxima etapa de estudos deve ficar pronta em dezembro de 2026, quando encerra o prazo de execução de 30 meses. Em seguida, serão feitos a licitação e o começo das obras.
Perguntado sobre os próximos passos do BRT Amazonas, o secretário de obras e infraestrutura, Leandro César Pereira, não deu um prazo para que o corredor seja entregue à população.“
"A obra, geralmente, é um pouco mais curta se a gente dedicar muito mais tempo nesse planejamento de projeto”, explicou.
A etapa de estudos tem o custo de R$ 19 milhões, financiados pelo Banco Mundial (Bird). O projeto será feito por um consórcio formado pelas empresas Certare Engenharia e Consultoria, Architectus S/S e TTC Engenharia de Tráfego e Transportes.
O custo total das intervenções do BRT Amazonas é de US$ 100 milhões, que equivale a, aproximadamente, R$ 540 milhões. Desse total, US$ 80 milhões serão financiados junto ao Banco Mundial, e outros US$ 20 milhões virão dos cofres do município de Belo Horizonte.
Em abril, a PBH assinou um protocolo de intenções para o compartilhamento de informações com a Prefeitura de Contagem e com o Governo de Minas para que seja feita uma integração do transporte metropolitano com o corredor BRT.
“A Avenida Amazonas recebe muitos ônibus não só de Belo Horizonte, mas também de Betim e Contagem. Todos os estudos já estão sendo realizados junto às prefeituras e temos também envolvimento junto com o estado, para que tenhamos uma obra que faça uma transformação do vetor oeste da cidade”, explica o secretário de obras.
Famílias reassentadas

Prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), assina ordem de serviço para início dos estudos do BRT Amazonas em evento com secretários
As intervenções no Cabana também vão impactar no acesso dos moradores ao transporte público. Uma das principais obras viárias da região, a abertura da Rua Sete de Setembro, com 1 km de extensão, já foi iniciada e deve facilitar o deslocamento da região com o BRT Amazonas.
O valor previsto para as intervenções na comunidade é de cerca de R$ 200 milhões, o que inclui a construção de conjuntos habitacionais para reassentar famílias em virtude da ampliação das ruas.
Segundo o secretário de obras e infraestrutura, Belo Horizonte precisa trabalhar para reduzir o tempo de deslocamento da população pela cidade.
“A gente está fazendo essa conexão com o Cabana, que tem mais de 20 mil pessoas com dificuldades nessa acessibilidade. A abertura da Rua Sete de Setembro vai permitir que as pessoas cheguem mais rápido e com maior acesso ao transporte coletivo, explica.
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