ESTRADAS

Rodovias em Minas Gerais: quando o perigo não é o motorista

Dados da PRF de 2019 a 2023 mostram as principais causas de acidentes e mortes devido às condições das BRs que cortam o estado

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Grande parte dos acidentes, das mortes e de vítimas de ferimentos em estradas de Minas Gerais poderia ter sido evitada se falhas ou vulnerabilidades conhecidas das rodovias federais tivessem sido sanadas com investimentos nos últimos cinco anos.

A partir de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) relacionados às principais causas de desastres entre 2019 e 2023, a reportagem do Estado de Minas destaca e mapeia em rodovias e municípios quais os principais obstáculos físicos (como curvas perigosas), de conservação (buracos), de fiscalização (derramamento de óleo ou animais soltos) e naturais (pontos sujeitos a neblina) que contribuem para acidentes que tornam as vias do estado as mais violentas do Brasil.

 

Nos cinco anos analisados, foram 3.990 acidentes, 222 pessoas mortas e 5.375 feridos devido a características das estradas, o que representa 9,3% dos 42.741 desastres totais, 6,3% do total de 3.517 óbitos e 9,9% dos 54.022 feridos. Isso, considerando que tais motivos foram os principais causadores de desastres, embora eles sejam também, muitas vezes, componentes de outras ocorrências provocadas por imprudência, falhas mecânicas e outros.

Entre as causas de acidentes inerentes às rodovias descritas pelos policiais rodoviários federais, a que mais contribuiu para ocorrências, mortes e feridos foi a chamada “pista escorregadia”, definida quando “a superfície da pista apresenta baixa aderência, devido à presença de material escorregadio, que pode ser fluido, sólido, destroços, cargas, lixo ou detritos”, segundo a PRF. Foram 977 acidentes ligados a essa causa, com 65 mortes e 1.427 feridos, em locais que poderiam ter sido limpos e desimpedidos pela manutenção.

A via mais violenta nesse quesito é a BR-381, com 265 ocorrências, a maioria em Betim, São Gonçalo do Rio Abaixo e Nova Era. Em seguida, aparece a BR-040, com as áreas mais críticas em Sete Lagoas, Juiz de Fora e Nova Lima; e a BR-365, sobretudo em Uberlândia, Montes Claros e Patos de Minas.

O segundo registro de característica rodoviária que mais causa acidentes é a presença de animais na pista, que resultou em 753 ocorrências, 28 mortes e 915 feridos. O terceiro motivo de desastres é a chuva, com 675 anotações, mas um número de mortos e feridos ainda maior, chegando a 42 óbitos e 1.033 hospitalizados. Confira no infográfico esses e outros motivos não relacionados à atitude dos motoristas que mais contribuem para desastres nas estradas mineiras.

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