Pai e filho foram mortos em chacina em festa de aniversário em Ribeirão das Neves -  (crédito: Redes Sociais)

Pai e filho foram mortos em chacina em festa de aniversário em Ribeirão das Neves

crédito: Redes Sociais

A família das duas crianças de 9 e 11 anos, que morreram em uma festa de aniversário em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, farão um protesto na MG-010, neste sábado (25/5), após o sepultamento das vítimas. De acordo com a Tamyres Moreira, tia do Heitor Felipe Moreira de Oliveira, uma das vítimas, o local ainda está sendo definido, mas será em Vespasiano, também na Grande BH. Populares também devem participar da manifestação.

 

"Isso é um crime que revoltou tanto a população, tanto a família está destruída, quanto policiais. Eu perdi meu irmão, meu sobrinho, perdemos outra criança. Perdeu pai, perdeu filho. Foi uma destruição para gente, independente de qualquer coisa", disse Tamyres ao Estado de Minas

 

Na noite da última quinta-feira, Heitor e Laysa Emanuele, de 11 anos, foram baleados por dois homens armados que invadiram uma festa de aniversário no Bairro Areias de Baixo, em Ribeirão das Neves.  Os corpos das vítimas serão sepultados hoje, às 14h, no Cemitério Bela Vista, em Santa Luzia, também na Grande BH.

 

O crime


A chacina aconteceu no fim da festa de aniversário de Heitor Felipe e de sua irmã. Izaltina Luciana Moreira, mãe de Felipe e avó de Heitor, conta que dois homens aproveitaram que o portão do sítio estava aberto e entraram no local, já disparando as armas, “sem olhar em quem estavam atirando”.

 

De acordo com o boletim de ocorrência, o alvo do ataque era Felipe Moreira Lima, de 26, pai dos aniversariantes, que tinha envolvimento com o tráfico de drogas na região do Bairro Morro Alto, em Vespasiano.

 

 

Felipe foi atingido por ao menos 12 disparos e morreu no local. Ainda conforme o registro, ele estava em disputa com traficantes do Bairro Bela Vista, em Santa Luzia, que queriam que a vítima passasse a comercializar os entorpecentes fornecidos por eles. O homem e a família já estavam recebendo ameaças de morte havia alguns meses.

 


Além de Felipe, Heitor e Laysa, três pessoas foram baleadas e encaminhadas a uma unidade de saúde: uma adolescente, de 13, atingida na canela, uma jovem de 19, ferida nas nádegas, e uma mulher de 41, baleada nas costas e cintura. Durante o ataque, Izaldina e outras duas mulheres entraram em luta corporal com um dos atiradores, posteriormente identificado como um homem de 23 anos, para tentar impedir que mais vítimas fossem atingidas. A mulher narrou para a Polícia Militar (PM) que durante o embate o segundo homem começou a disparar contra elas.

 

Ainda não se tem atualizações do quadro de saúde das vítimas.