Vítima sofreu ferimentos da região do abdômen  -  (crédito: Arquivo Pessoal )

Vítima sofreu ferimentos da região do abdômen

crédito: Arquivo Pessoal

Uma mulher de 33 anos foi espancada pelo ex-marido e por outros cinco familiares dele em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os três filhos do casal presenciaram as agressões que aconteceram na última sexta-feira (03/5). A vítima, Ana Carolina de Oliveira, solicitou uma medida protetiva nesta segunda-feira (06/5) e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

 

Segundo o Boletim de Ocorrência, a vítima teve um relacionamento com o suspeito durante nove anos e gerou três filhos, de 7, 9 e 12 anos. O ex-casal mantém uma guarda compartilhada das crianças, na qual os filhos ficam com o pai ou a mãe a cada 15 dias. O suspeito deveria ter buscado os filhos na casa da vítima, no entanto, ele tinha um compromisso e ela se ofereceu para levá-los.

 

Ana Carolina percebeu, quando chegou ao local, que o filho mais novo não queria ficar na presença do pai. Ao questionar o ex-companheiro, começou uma discussão entre os dois, com xingamentos de ambas as partes. Foi quando a cunhada do suspeito deu um tapa na cara da vítima. Em seguida, outro cunhado teria imobilizado a mulher com uma gravata. Pelo menos cinco pessoas participaram da agressão, incluindo o ex-marido e a atual esposa, com chutes, mordidas e puxões de cabelo.

 

 

Os filhos do casal presenciaram a violência e gritaram para que o grupo parasse de agredir a mãe. Os vizinhos interferiram nas agressões e socorreram a vítima. O ex-companheiro ainda teria ameaçado a mulher com as frases “você não perde por esperar” e “o que é seu está guardado”.

 

Após as agressões, os dois filhos mais velhos ficaram na casa do pai e a vítima foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). 

 

Em conversa com o Estado de Minas, a vítima relatou que não dorme desde o dia das agressões por não se sentir segura em casa. “Fisicamente, ainda estou muito machucada, na região do abdômen, tudo muito dolorido. Mas psicologicamente estou destruída. Eu esperava que pelo menos os homens que participaram estivessem presos, mas não foi feito”, contou.

 

A PCMG apura os fatos e esclarece que foram requeridas medidas protetivas de urgência, as quais serão encaminhadas para análise e deferimento do Poder Judiciário. Os trabalhos investigativos prosseguem a cargo da Delegacia de Polícia Civil em Esmeraldas.

 

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa