Um homem de 41 anos, investigado por fabricar e distribuir anabolizantes ilegais, foi preso em flagrante, nessa quarta-feira (4/4), em uma mansão no bairro da Taquara, região Oeste do Rio de Janeiro. A ação de repressão ao tráfico de drogas reuniu as polícias Civis de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

O suspeito foi detido durante a madrugada e no local funcionava um laboratório de produção clandestina de anabolizantes. Foram apreendidos vários frascos, ampolas, matéria-prima, armas, além de dois carros de luxo.

Condenação por tráfico

Segundo o delegado Rodolpho Machado, chefe da Divisão Especializada de Combate ao Narcotráfico, o suspeito, natural de Belo Horizonte, foi condenado pela Justiça em Araxá, no Triângulo Mineiro, por tráfico de drogas, e estava foragido desde então. “Ele já havia sido condenado por envolvimento no narcotráfico e possui diversas passagens policiais por venda de anabolizantes de forma irregular”, afirma.

 



O homem é investigado pela equipe da 5ª Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico, vinculada ao Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil mineira desde janeiro deste ano. Os policiais fizeram diversos levantamentos para determinar o local onde o suspeito operava no Rio de Janeiro e pediram oito mandados de busca e apreensão.

De acordo com o delegado responsável pelas apurações, Davi Moraes Pinto, depois que fugiu para a capital fluminense, o investigado retomou as atividades criminosas e expandiu a distribuição de anabolizantes para o Rio de Janeiro, Araxá, Belo Horizonte e outras cidades do país.

“A investigação demonstrou que ele obtinha a matéria-prima para preparo da droga do Paraguai, onde estava estabelecendo contatos para futuras distribuições também”, revela Moraes. “Armas apreendidas durante a ação, inclusive, foram adquiridas no Paraguai e outras vinham da China”, completa.

Falso químico

As apurações da Polícia Civil de Minas revelaram, ainda, que o suspeito passou a trabalhar para uma organização criminosa como químico. “Com o material recolhido no laboratório dele, temos indícios de que ele possivelmente utilizava óleo vegetal e outros produtos, que serão analisados, na mistura do preparo dos anabolizantes”, explica Davi Moraes. Agora, a organização será alvo de investigação.

 

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“Por isso, além de desenvolver essa atividade sem qualquer autorização e licença de órgãos responsáveis pelo controle sanitário e de comercialização, ele adquiria produtos sem procedência, induzindo seus clientes a erro, uma vez que não possuía formação em Química para isso e estava colocando esses consumidores em risco”, acrescenta.

O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional e segue à disposição da Justiça. Segundo a PCMG, as investigações continuam.

 

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