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Os "bandejões", como são chamados pelos garçons dos estabelecimentos de Uberaba, chamam a atenção dos clientes

crédito: Reprodução/Redes sociais

Garçons de uma churrascaria em Uberaba, no Triângulo Mineiro, chamaram a atenção ao provar que são feras no equilíbrio. Em vídeos que circulam nas redes sociais, os profissionais têm sido elogiados por equilibrar diversos pratos em uma bandeja sem deixar nenhum cair.

 

De acordo com Márcio Santos, que trabalha na Churrascaria Zebu há seis anos, o método é ensinado pelos próprios colegas, que continuam a repassar a cada novato que entra no estabelecimento, mas é a prática que leva a realizar o empilhamento com perfeição. O chamado “bandejão”, que consiste em amontoar louças em uma uma grande bandeja, é uma prática comum entre os profissionais.

 

“Eu aprendi lá mesmo. Os companheiros que me ensinaram e a gente passa para os meninos, vai passando o nosso conhecimento para eles. No começo a gente derruba algum prato, mas depois que pega experiência não derruba mais. Com cinco meses a gente já consegue fazer o bandejão, no máximo em um ano já fica profissional”, conta o garçom.

 

 

 

Ele explica que por se tratar de um restaurante que serve rodízio, a agilidade no momento de recolher os pratos é essencial, então conseguir pegar vários pratos facilita o trabalho, pois eles já estão no ritmo acelerado. Márcio conclui dizendo que a prática não é exigida pelos estabelecimentos, mas que a técnica é valorizada.

 

De acordo com Renato Carneiro, dono da Zebu, que completa 30 anos em dezembro deste ano, o empilhamento chama a atenção da clientela, que não poupa elogios aos garçons e pede até foto ao lado das grandes pilhas. “O pessoal sempre se interessa, tira foto. A prática ajuda um pouco, mas não é uma obrigação. Um garçom ensina ao outro e todo mundo se ajuda”, relata.

 

Para a filha do dono da empresa, Renata Carneiro, que já trabalha como gerente administrativa na Zebu há 14 anos, o bandejão já é “de praxe”. A orientação é que os garçons não façam pilhas grandes, devido ao peso, mas como os profissionais têm estabilidade, não é um problema. Eles, inclusive, gostam do exibicionismo.

 

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“A gente pede para que eles não façam pilhas tão altas por medo deles sofrerem algum acidente, mas eles gostam, pois sabem que os clientes se interessam. Eles gostam de fazer tudo rápido, de ser ágeis. Para eles, mostrar esse tipo de trabalho é chegar no auge. Quando eles conseguem fazer um bandejão grande, eles se consideram bons”, conta a gerente.

 

Assim como na internet, os clientes que frequentam a churrascaria ficam impressionados. Para realizar um bom empilhamento, é necessário força, técnica, equilíbrio e atenção. Isso porque, as louças são pesadas e existe uma maneira correta de encaixá-las para que nenhuma caia, mas caso alguma louça seja derrubada, o restaurante não cobra que os profissionais arquem com o prejuízo.

 

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Márcio explica que o ideal é colocar os aparelhos de jantar primeiro no centro da bandeja e, em seguida, nas laterais. É importante também começar pelos pratos menores e depois pelos maiores, de maneira a ir entrelaçando os pratos. Ele reforça que não se deve apenas colocar dentro da bandeja, mas saber fazer o encaixe.

 

O garçom conta que alguns profissionais, principalmente os novatos, não se atrevem a fazer o bandejão, mas que ele sempre é elogiado pelo trabalho. A maior pilha que Márcio já conseguiu fazer foi com 66 pratos. Segundo a gerente, os pratos pesam, em média, 720g, o que equivale a um bandejão de mais de 40 quilos.