O caixão do ciclista Fabrício estava coberto por fotos dele, em vida, com amigos -  (crédito: Ramon Lisboa/EM/D. A. Press)

O caixão do ciclista Fabrício estava coberto por fotos dele, em vida, com amigos

crédito: Ramon Lisboa/EM/D. A. Press

Diante de uma grande comoção, foi sepultado hoje (14/04), o corpo do artista plástico e funcionário do IBGE Fabrício Bruno da Cruz de Almeida, de 38 anos, que morreu na madrugada de sábado, no Hospital do Pronto Socorro João XXIII (HPS), para onde foi levado, na sexta-feira (12/4), depois de ter sido atropelado por um ônibus, no cruzamento das ruas Guarani e Carijós, no Centro de Belo Horizonte.

 

 

No final do velório no Cemitério da Paz, a mãe de Fabrício, Nair da Cruz Almeida leu, ao lado do pai, Douglas Ornelas Almeida, uma oração. Um amigo, do artista, João Flor de Maio, leu um texto que fala em saudade e da alegria de ter sido amigo de Fabrício.

 

 

Ao final das homenagens, um grito em uníssono, “não mereceu”, ecoou de dentro do velório número 4 do Cemitério da Paz. A revolta pela morte é grande por parte da família. A irmã Fabíola, a sobrinha Carla, e uma amiga, Ana, reclamam do descaso dos meios policiais com o acidente. São elas, por exemplo, que estão tentando uma investigação, para tentar encontrar testemunhas e vídeos para que possam compreender o que de fato aconteceu.

 

Já se sabe que havia um caminhão de entrega em frente a um sacolão na Rua Guarani. Ao lado do veículo também estava parado um caminhão de lixo, mas não havia qualquer sinalização.

 

A bicicleta de Fabrício, que estava desaparecida, foi encontrada por familiares dele. Ela está em uma loja, cujos funcionários recolheram logo depois do acidente.

 

“O que queremos agora, é que a Polícia Civil faça uma investigação e que apure as causas da morte do Fabrício”, diz Fabíola Almeida, irmã do ciclista. “Temos, também, uma testemunha que viu tudo, detalhe por detalhe, como aconteceu. E fizemos fotos, que mostram uma freada, que foi dada pelo ônibus, em cima da faixa de pedestres”.