O problema na barragem foi identificado em 15 de março passado -  (crédito: Google Maps/Divulgação)

O problema na barragem foi identificado em 15 de março passado

crédito: Google Maps/Divulgação

A mineradora Vale realizou as obras para corrigir a anomalia encontrada em um dos drenos da barragem Forquilla III, em Ouro Preto, na Região Central de Minas.

 

De acordo com o comunicado da empresa nessa quinta-feira (11), a função de drenagem do dispositivo foi reestabelecida, eliminando a passagem dos materiais sólidos que estava ocorrendo.

 

 

Nesta sexta-feira (12), representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM) fiscalizaram a estrutura e certificaram a operação. “A empresa reforça que continuará monitorando a estrutura permanentemente, assim como a efetividade da solução implantada, e empreender todos os esforços para avançar na descaracterização e redução do nível de emergência”, informou a nota da mineradora.

 

 

Anomalia em barragem

 

O problema foi identificado em 15 de março. De acordo com mineradora, um dos 131 drenos que compõem a estrutura estava vazando sedimentos na água.

 

A irregularidade na barragem foi relatada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) no dia 5 deste mês. A entidade diz ter sido 'pega de surpresa' pela informação e solicitou esclarecimentos do fato à Vale e à Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam).

 

 

A reportagem do Estado de Minas teve acesso a um laudo de uma empresa independente que indica as falhas na barragem Forquilha III. O documento, de 13 páginas, afirma que há a saída de “material terroso” de um dos drenos da estrutura.

 

A Vale teria comunicado a empresa no dia 19 de março sobre o problema, identificado quatro dias antes. “A anomalia consistiu na observação de material de coloração cinza na tubulação do dreno e na canaleta onde o dreno desagua”, diz o documento.

 

Após o problema ser reportado, a mineradora teria intensificado o monitoramento na barragem, para garantir que a estrutura seguisse em segurança. “A ocorrência atual, no entanto, é inédita no sentido de que o material observado é distinto do verificado nas ocasiões anteriores, tratando-se, claramente, de material que contém minério de ferro em fração muito fina”, diz o relatório.