Uma mulher de Ipatinga, na Região do Vale do Rio Doce em Minas Gerais, é alvo da Operação Fake Tags, deflagrada pela PF nesta quarta (10/4) -  (crédito: Polícia Federal/Divulgação)

Uma mulher de Ipatinga, na Região do Vale do Rio Doce em Minas Gerais, é alvo da Operação Fake Tags, deflagrada pela PF nesta quarta (10/4)

crédito: Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10/4), a Operação Fake Tags, que investiga a comercialização de etiquetas para postagem de encomendas originadas de contratos fraudados na plataforma Correios Fácil.

 

Uma mulher de Ipatinga, na Região do Vale do Rio Doce em Minas Gerais, é alvo da operação, suspeita de participação no crime. Ela agia intermediando e promovendo a venda das etiquetas para pessoas em diversos pontos do país.

 

 

A 9ª Vara da Justiça Federal em Caicó, no Rio Grande do Norte, expediu um mandado de busca e apreensão para mais uma pessoa em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. O suspeito é apontado como responsável pela formalização de ao menos três contratos fraudulentos elaborados a partir do uso de dados de empresas inexistentes.


 

Durante a investigação, foi comprovado que o grupo oferecia serviços para pequenos negócios de e-commerce, que eram atraídos por tarifas muito baixas. As tarifas eram incompatíveis com os preços praticados no mercado pelos próprios Correios ou outras empresas de logística.

 

Investigação

 

No Rio Grande do Norte, foi cometido grande fluxo da fraude por pequenos comerciantes das cidades de Serra Negra do Norte e Caicó. Isso chamou a atenção da Área de Segurança Corporativa dos Correios, que passou a monitorar a irregularidade. Foi realizada a retenção de 215 objetos postais no centro de distribuição em Natal postados de forma ilegal.

 

Comerciantes fizeram uso do artifício para diminuir o custo com frete e remeter seus produtos a clientes de outras partes do país. Assim, ao explorar a fraude, o grupo conseguia colocar mercadorias no fluxo postal, e as faturas vinculadas aos contratos não eram pagas, restando prejuízo consolidado para os Correios.

 

 

Durante a investigação, a PF conseguiu ainda vincular 69 contratos fraudados ao grupo investigado, os quais geraram um prejuízo para os Correios que supera R$ 2,7 milhões. Os investigados responderão pelo crime de estelionato qualificado, cuja pena máxima pode ultrapassar seis anos de reclusão, além de multa.

 

* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata