Marcos Vinícius Oliveira de Melo, conhecido como Vinicin, ex-diretor da Galoucura, estaria presente durante a briga que resultou na morte do torcedor cruzeirense, Lucas Elias Vieira Silva, de 27 anos, na tarde de sábado (2/3), na Avenida Tereza Cristina, na altura da Vila Sapolândia, no Barreiro, em Belo Horizonte. A Polícia Militar o identificou como um dos homens que participou da briga e teria impedido outra pessoa de prestar socorro ao cruzeirense. Conforme a corporação, Vinicin ainda não foi detido. 



Lucas foi morto com um tiro no tórax. Ele teve hemorragia e uma parada cardíaca no bloco cirúrgico. Ele era morador do Bairro Industrial, em Contagem, chegou a ser socorrido para o Hospital Santa Rita, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deverá ser sepultado nesta segunda-feira (4/3). O homem, de 24 anos, apontado como o responsável pelo disparo já foi detido. 

Vinicin tem histórico de violência. Em 31/1/13, encerrou o júri popular de seis dos 12 integrantes da Galoucura acusados na participação do assassinato brutal do torcedor cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, em novembro de 2010. Entre eles, estava Marcos Vinícius Oliveira de Melo, que teve pena estabelecida em 17 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha.

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Vinicin negou a agressão. A sentença foi proferida pelo juiz do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Glauco Eduardo Soares Fernandes.


Otávio foi brutalmente espancado, com chutes, socos, pedaços de pau e até cavaletes, na noite de 27 de novembro de 2010. Ele havia acabado de sair do Chevrolet Hall, onde foi promovido um campeonato de MMA. As imagens da agressão foram registradas pelas câmeras de vigilância da casa de shows e do shopping vizinho. Foi com base nesse vídeo que o Ministério Público ofereceu à Justiça denúncia contra os seis integrantes da Galoucura. Além de Otávio, que morreu no local, outros três torcedores do Cruzeiro foram agredidos e sofreram ferimentos graves.

Outro crime

Vinicin foi acusado em outro caso de agressão. Desta vez, acusação de agressão a outro cruzeirense depois da final do Campeonato Mineiro de 2018, em 04 de março. Ouvido em 9 de abril de 2019, pelo juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Marcelo Fioravante, no Fórum Lafayette, ele alegou ter sido provocado, disse ter dado um único golpe na vítima, que caiu. Depois disso, Vinicin afirmou que saiu do local imediatamente e não soube o que ocorreu depois.

Na época, Vinicim alegou estar usufruindo de saída temporária da prisão pela condenação de 2010. O ex-diretor da Galoucura foi condenado a pouco mais de um ano pelos crimes de lesão corporal leve e incitação à violência.

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O crime de 2018 ocorreu no Bairro Prado. Os vídeos das agressões foram alvo de investigação da polícia, que conseguiu identificar os integrantes das agremiações rivais. Segundo o promotor de justiça Eduardo Nepomuceno, a vítima só não morreu porque a Polícia Militar chegou ao local. O torcedor foi socorrido pela equipe do Samu e levado para o Hospital João XXIII.

Conforme a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), Vinicin teve a sua primeira passagem pelo sistema prisional registrada em maio de 2008. Desde então foram registradas outras quatro entradas no sistema prisional. A última entrada foi em outubro de 2018. Em outubro de 2022, ele foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica, mas em abril do ano passado houve determinação judicial para a retirada do monitoramento. Ainda conforme a pasta de segurança, Vinicin, atualmente, está em processo de transferência, ou seja, aguardava entrada em alguma unidade prisional, mas não há detalhes sobre essa transferência.

A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Marcos Vinícius Oliveira de Melo.

Uma torcida organizada do Cruzeiro apontou em um post no X um homem como sendo Vinicin.

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