A Anvisa destaca que é "por precaução" a medida de que pessoas que tiveram dengue ou tomaram a vacina recentemente não podem doar sangue por um período determinado de tempo. -  (crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil )

A Anvisa destaca que é "por precaução" a medida de que pessoas que tiveram dengue ou tomaram a vacina recentemente não podem doar sangue por um período determinado de tempo.

crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

Pessoas que tiveram dengue ou se vacinaram contra a doença devem aguardar pelo menos um mês antes de doar sangue. Segundo o Ministério da Saúde, evidências científicas mostram que a transfusão sanguínea pode transmitir o vírus, com risco de infecção de 38% pelo paciente que recebe o sangue contaminado. A Fundação Hemominas, responsável pela doação de sangue em Minas Gerais, afirma que vai seguir as recomendações do órgão. 

 

Diante do aumento dos casos de dengue no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota técnica com orientações aos serviços de hemoterapia. O Brasil já registrou 1.253.919 casos prováveis e 299 óbitos confirmados pela doença desde o início do ano.

 

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A restrição também vale para pessoas que tiveram relação sexual com alguém que teve dengue há menos de um mês. Nesse caso, o doador deve esperar 30 dias após o último contato sexual antes da doação.

 

No caso de pacientes que tiveram dengue grave, o prazo para a doação segura sobe para 180 dias após recuperação completa.

 

Doadores devem informar o banco de sangue caso tenham sintomas ou diagnóstico confirmado da doença em até 14 dias após doação. Segundo a Anvisa, a informação é necessária para que os serviços possam resgatar hemocomponentes em estoque e acompanhar pacientes que tenham recebido transfusão.

A agência também recomenda que pacientes em tratamento com imunoglobinas ou hemocomponentes (como sangue ou plasma) devem esperar no mínimo seis semanas após término do tratamento para se vacinar, para não comprometer a eficácia dos imunizantes.

 

O que diz o Hemominas? 

 

A Fundação Hemominas, responsável por receber doações e garantir a oferta de sangue e hemoderivados à população de Minas Gerais, afirmou que, assim como os demais hemocentros públicos brasileiros, segue as recomendações do Ministério da Saúde e adotará as novas normas definidas pelo órgão.  

 

A Diretoria Técnica da instituição está em contato com a Coordenação do Sangue para obter mais orientações sobre a Nota Técnica Nº 5/2024.

 

As regras seguidas pela fundação vigentes desde 2020 determinam que, aqueles que tiveram dengue clássica, devem aguardar 30 dias para doar. Nos casos da doença grave ou na forma hemorrágica, é necessário aguardar 6 meses. Já para os doadores que mantiveram relações sexuais com parceiros que tiveram dengue nos últimos 30 dias é necessário aguardar 30 dias a partir da relação sexual para realizar a doação.

 

 

Além disso, quem tomar a vacina para dengue deve aguardar 30 dias após a última dose para doar sangue.

 

"Ressaltamos que, até o momento, não foi registrado impacto nos estoques de sangue em Minas Gerais em decorrência das arboviroses. De toda forma, reforçamos a importância da doação de sangue a fim de manter a regularidade dos estoques no estado.", acrescentou a Fundação. 

 

Os doadores que apresentarem sintomas de dengue, zika, chikungunya ou quaisquer outros relacionados a doenças infecciosas, como febre, vômito, diarreia e sintomas respiratórios, nos 14 dias seguintes à doação, devem entrar em contato, por telefone, com a unidade responsável pelo procedimento e informar à triagem clínica.

 

Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos têm que ter termo de consentimento assinado pelo responsável), pesar mais de 50 kg, estar saudável, alimentado, e não ter tido nenhuma doença grave ou que possa passar pelo sangue. Demais condições podem ser conferidas em https://www.hemominas.mg.gov.br

 

*Com informações da Folhapress