A Polícia Civil informou em coletiva à imprensa nesta terça-feira (27/2) que 11 integrantes de uma organização criminosa, com idades entre 20 e 37 anos, foram indiciados pela morte de dois homens, de 25 e 29, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Antes da execução, as vítimas foram torturadas em uma casa que, conforme o delegado Marcus Rios, servia como “matadouro” para a organização criminosa. Quatro homens estão presos preventivamente. O restante dos indiciados está foragido.

 

Após os assassinatos no imóvel situado no Bairro Santa Paula, os corpos foram levados para um matagal na região do Bairro San Marino, onde foram incendiados e ficaram semicarbonizados. As motivações, segundo a polícia, seriam “diversas”. “Uma das vítimas teve um relacionamento com a ex-companheira de um dos investigados. Essa mesma vítima participou de um assalto a uma mina no interior do estado e um dos comparsas não queria fazer a partilha correta do produto do crime. Então, isso instigou o grupo criminoso a praticar o homicídio”, explicou o delegado.



Rios aponta ainda que os homens assassinados também estavam envolvidos com o tráfico de drogas na região dominada pelo grupo criminoso. Apesar disso, o delegado Reinaldo Felício, chefe do Departamento de Polícia Civil em Contagem, definiu o ocorrido como “um crime que chocou a sociedade local” em decorrência da extrema violência. Os indiciados são responsáveis por ao menos outras duas mortes na região, sendo que uma das vítimas também foi semicarbonizada.

 

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Com a conclusão do inquérito, que possui mais de 700 páginas, os suspeitos foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio qualificado por motivo torpe, tortura e por meio que impossibilitou a defesa das vítimas. Alguns também responderão pela destruição de cadáver e outros por coação no curso do processo.

 

As prisões até o momento realizadas pela Polícia Civil resultaram de operações deflagradas em 15 de dezembro, 14 de janeiro e, por fim, 12 de fevereiro. Os foragidos estão com mandados de prisão em aberto e seguem sendo procurados. A polícia não deu detalhes sobre como aconteceram as torturas, e as datas dos crimes não foram informadas.

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