Ex-vereador foi preso durante operação da Polícia Civil em 2020; na época ele era investigado por três homicídios -  (crédito: PCMG / Divulgação - jun/2020)

Ex-vereador foi preso durante operação da Polícia Civil em 2020; na época ele era investigado por três homicídios

crédito: PCMG / Divulgação - jun/2020

O ex-vereador de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Reginaldo Teixeira Rodrigues, foi inocentado de acusações de homicídio qualificado em dezembro de 2004, contra um morador da cidade. Conforme decisão do Tribunal do Júri da capital, o ex-parlamentar foi absolvido por falta de provas. Na época do crime, ele trabalhava como policial civil.

Conforme consta na denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, Reginaldo foi acusado de disparar contra a vítima como pagamento de uma suposta dívida de tráfico de drogas. No documento, o órgão aponta que o ex-parlamentar teria estacionado sua moto ao lado da casa da vítima, esperando que sua mãe saísse de casa, e efetuado os disparos.

“A vítima teria se desentendido com o traficante Nila, provavelmente por questões de droga, e o acusado teria sido chamado para proceder o acerto de contas, sendo certo que o fato deste, segundo a testemunha, ter deixado, momentos antes do homicídio, sua motocicleta e capacetes escondidos em terreno próximo à casa da vítima, e minutos depois a esta, quando aparentemente ainda ninguém sabia da morte desta, procurado saber da mãe desta onde estava o rapaz que recebeu uns tiros”, aponta a denúncia.

Rodrigues foi preso em junho de 2020 durante operação da Polícia Civil de Minas Gerais que apurava sua ligação em quatro homicídios, entre 2004 e 2019. Ele também foi investigado por envolvimento em outros três crimes. Antes de prestar depoimento, na época em que foi detido, o então parlamentar negou qualquer envolvimento com o tráfico de drogas e insultou a delegada que investigava o caso. "Esta delegada é doida, se ela quiser ela prova. Eu sou contra o tráfico", disse em entrevista à Rádio Itatiaia.

No entanto, conforme a PCMG, Rogério era suspeito da autoria de três homicídios e também de envolvimento em outros quatro. De acordo com as investigações, ele se apresentava como policial e usava de informações privilegiadas para repassar a criminosos e para praticar os crimes.

Na época do inquérito, a delegada responsável pelo caso afirmou que a motivação dos homicídios estaria relacionada a outros crimes de queima de arquivo e política. Durante a operação da Polícia Civil que resultou na prisão de Rogério, também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em residências de familiares do vereador e outros possíveis envolvidos nos crimes. Foram encontrados mais de R$ 12 mil em dinheiro, R$ 100 mil em cheques, pen drives e outros materiais que serão utilizados nas investigações.