O Bartucada tem raízes bem mineiras, na cidade histórica de Diamantina, mas faz alusões aos símbolos da Bahia -  (crédito: João Victor Pena/EM/D.A.Press)

O Bartucada tem raízes bem mineiras, na cidade histórica de Diamantina, mas faz alusões aos símbolos da Bahia

crédito: João Victor Pena/EM/D.A.Press

João Victor Pena

A mistura de ritmos e estéticas da Bahia embalou o bloco Bartucada, que atravessou a Avenida Brasil, no Centro de Belo Horizonte, nesta terça-feira (13/2). O clima era de fim de festa, mas os foliões mantiveram a empolgação no último dia de carnaval.

Nos arredores do Bartucada, muitas pessoas fantasiadas, ambulantes em busca de vendas e festival de cores. Houve também quem trouxesse os famosos bonecos "Kai Kai", que simbolizam diversas festas culturais brasileiras.

O Bartucada tem raízes bem mineiras, na cidade histórica de Diamantina, mas faz alusões aos símbolos e ao calor humano tão característicos da Bahia.

Na voz de Lara Lacerda, ecoaram covers de diversas músicas. Do clássico "Chorando se Foi (Lambada)", da banda Kaoma; a "Macetando", de Ivete Sangalo e Ludmilla, um dos hits do verão de 2024.

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Discussão e confusão

Nas proximidades da corda de contenção, um contraste de sentimentos. De um lado, os seguranças dançavam em meio aos foliões, separados apenas pela barreira de segurança. Do outro, funcionários do trio elétrico e da Prefeitura de Belo Horizonte discutiam de forma tensa com ambulantes que estavam na direção do carro alegórico.

Galeria de fotos: bloco Bartucada desfila embalado pelos ritmos da Bahia

No alto do trio, a cantora Lara Lacerda pedia para que os vendedores dessem espaço para que o caminhão passasse sem que houvesse acidentes.

Um fotojornalista que filmou a discussão foi alvo de críticas dos seguranças. "Você está querendo nos foder, porra. Assim não dá", disse um dos homens ao repórter.

Um grupo de pessoas que estava ao redor do local pediu para que mais fotos fossem tiradas da cena.

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Gabriel Ribeiro de Fátima, 32, era um dos ambulantes envolvidos na confusão. "Eles (seguranças) já chegaram empurrando o meu carrinho. Era para estar em cima do meio fio, mas a carreta nem estava rápida. Eu sou sujeito homem, mas e se fosse uma senhora de idade? Não ia acertar ninguém. Ele (funcionário da fiscalização da prefeitura) arrumou confusão comigo e depois tapou o nome", disse à reportagem.

"A gente pediu para sair, e ele não quis, arrumou confusão. Aí dissemos que se ele não saísse, teríamos que apreender a mercadoria. O caso já foi resolvido, mas parece que ele já é um cara problemático”, contrapôs o fiscal Túlio Xavier.