Casarão, no Centro Histórico do Serro, no Vale do Jequitinhonha, é aberto como Museu Cônego Lafayette. -  (crédito: Prefeitura do Serro/divulgação)

Casarão, no Centro Histórico do Serro, no Vale do Jequitinhonha, é aberto como Museu Cônego Lafayette.

crédito: Prefeitura do Serro/divulgação

A entrega de um imóvel do século 19, restaurado, marca nesta segunda-feira (29/1), os 322 anos de história do Serro, antiga Vila do Príncipe, no Vale do Jequitinhonha. No início da noite (18h), a comunidade poderá conhecer o resultado da obra no casarão Museu Sacro Cônego Lafayette, a qual demandou recursos de R$ 1,6 milhão dos cofres municipais. Também hoje serão entregues as obras das igrejas de Nossa Senhora do Carmo, Bom Jesus de Matozinhos e da Capela São Miguel. A cerimônia festiva inclui missa e depois cortejo com a banda Santíssimo Sacramento.

De acordo com a Prefeitura do Serro, a casa, no Centro Histórico, onde nasceu Lafayette da Costa Coelho (1886-1961), o Cônego Lafayete, em processo de beatificação, recebeu vários benefícios, com adaptações para acessibilidade: elevador, lanchonete e café, salas de exposições e quatro banheiros. O imóvel foi adquirido pelo município em 2015, e, diante das condições precárias da edificação, a prefeitura, com o apoio do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Serro, deu início às intervenções no ano passado.

Nas palavras do prefeito local, Nondas Miranda, entregar à cidade a Casa do Cônego “tão querido no Serro e na região”, é motivo de honra, pois era “um homem simples que até os dias de hoje nos mostra o caminho para o bem”.

História

Chamado de “santo cônego”, Lafayette da Costa Coelho nasceu no Serro em 10 de novembro de 1886. Filho de José da Costa Coelho e Julia Felisbina de Jesus, estudou no Seminário de Diamantina, iniciando, assim, a vida sacerdotal. Aos 30 anos, foi ordenado padre, e, quatro anos depois, nomeado pároco em Santa Maria de Suaçuí (no Vale do Rio Doce), onde ficou por mais de quatro décadas. Na sequência, foi nomeado cônego titular da Catedral de Diamantina, a pedido do então arcebispo dom Serafim Gomes Jardim.

Conforme os estudos, o ministério sacerdotal do cônego foi fortemente voltado para a evangelização. Promoveu missões populares em sua paróquia e estimulou das vocações sacerdotais na Arquidiocese de Diamantina. O Servo de Deus faleceu em Santa Maria do Suaçuí, em 21 de setembro de 1961. A diocese de Guanhães recebeu autorização da Sagrada Congregação para as Causas dos Santos, do Vaticano, para iniciar o processo de beatificação do Servo de Deus Lafayette da Costa Coelho.

Foto do Cônego Lafayette, que nasceu no Serro e está em processo de beatificação.

Foto do Cônego Lafayette, que nasceu no Serro e está em processo de beatificação.

Prefeitura do Serro/divulgação