A criança foi encontrada inconsciente e resgatada do fundo da piscina pela mãe -  (crédito: Pixabay/Reprodução (imagem meramente ilustrativa))

A criança foi encontrada inconsciente e resgatada do fundo da piscina pela mãe

crédito: Pixabay/Reprodução (imagem meramente ilustrativa)

“Minas não tem mar, mas tem bar”. Todo mundo conhece essa célebre expressão. Mas a verdade é que diante da elevação das temperaturas e a perspectiva de que as ondas de calor sejam mais frequentes, o mar de bares não tem sido suficiente para aliviar o calorão. A boa notícia é que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) já estuda construir piscinas públicas, a partir do próximo ano, para trazer um refresco à população.

A informação foi dada pelo prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), nesta terça-feira (19/12), durante evento para liberação do tráfego sobre o córrego Ressaca, na região da Pampulha.

O Executivo municipal ainda está em busca de terrenos e recursos para tirar o projeto do papel. “Nesse calorão, nada como uma piscina para refrescar e muita gente não tem acesso ao clube, a uma piscina adequada para usar, então, a prefeitura está trabalhando nisso”, afirmou Fuad em coletiva de imprensa.

O ideal, segundo o chefe da prefeitura, seria a construção de uma piscina em cada uma das nove regionais de Belo Horizonte. No entanto, a expectativa é garantir, no mínimo, quatro. “É muito difícil, mas se fizermos três, quatro, já vou ficar muito satisfeito. Já está no nosso projeto para o ano que vem”, avalia o prefeito.

Por que BH não tem piscina pública?

Em outubro, o Estado de Minas publicou uma matéria sobre a ausência de piscinas públicas na capital. Ao contrário de BH, outras cidades no estado e até mesmo outras capitais do país têm essas estruturas de uso comum. É o caso de Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata, onde há um complexo aquático com piscinas dentro do Parque Municipal, e de São Paulo (SP), que tem, ao todo, 28 piscinas públicas.

A reportagem do Estado de Minas conversou, na época, com a professora da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, Priscila Mesquita Musa, que destacou a importância da relação das comunidades com suas águas (córregos e rios), e relembrou o histórico da pauta sobre piscinas públicas.

“Dentro do Parque Municipal, a gente tinha cachoeiras próprias para banho. E até os anos 20, tinha uma piscina pública no Parque Municipal, uma piscina de águas naturais, conformada pelo córrego Acaba Mundo. Mas o córrego começou a ficar poluído com esgoto e aí fecharam essa piscina”, contou em entrevista ao EM.

A especialista defende que outra opção para aliviar o calor seria a transformação de espaços como praças que dispõem de chafarizes, fontes e outros elementos dessa natureza em locais que a população possa ter acesso e se refrescar.

Alívio para o calorão

Sem piscina pública, córregos e lagos da cidade viraram opção para os belo-horizontinos escaparem do calor extremo. No Buritis, na Região Oeste da capital mineira, é comum encontrar crianças, adolescentes e até adultos dando um pulo no Córrego do Cercadinho.

O local costuma ficar cheio aos finais de semana e feriados, quando os moradores da região descem para o chamado “poção”, na altura da Avenida Engenheiro Carlos Goulart. Considerado seguro pela comunidade, sem pedras, a água limpa do córrego viria do reservatório da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).


*Com informações de Daniel Mendes