Fuad sobre aumento da tarifa de ônibus: ‘Nosso objetivo é não aumentar’

O prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman disse, na manhã desta terça-feira (19/12), que o objetivo é não haver reajuste na tarifa de ônibus em 2024. Ele explicou que para definir o eventual aumento no preço da passagem é preciso levar em conta dois fatores.

“De um lado temos o custo real do sistema e de outro quanto a prefeitura pode pagar. O terceiro ponto é quanto será a passagem. Essa conta tem que fechar. Não temos certeza de quanto será o custo e qual será a disponibilidade orçamentária da prefeitura para isso. Mas nosso objetivo é não aumentar (o preço da) passagem, dentro das circunstâncias do que é possível”, afirmou.

Noman disse ainda que se tiver um aumento no valor da tarifa, ele será pequeno.

“Farei todo trabalho para não ter aumento. Se, eventualmente, não conseguirmos fechar o orçamento, pode ser que tenha um pequeno aumento. Não vamos sacrificar o trabalhador”, completou.

Além disso, o prefeito lembrou que já existe passe livre para vários grupos. “Não cobramos passagem (dos moradores) das vilas e favelas, dos estudantes, mulheres em situação de risco, doentes de câncer.” Outro ponto destacado por ele, é que a frota antiga está sendo trocada, o que deve melhorar a qualidade do serviço.

Na semana passada, o prefeito já tinha negado que a passagem de ônibus na capital poderia aumentar para R$ 7.

Anel Rodoviário

Sobre o lançamento do edital de licitação de dois trechos do Anel Rodoviário, Noman afirmou que pode acontecer ainda este ano.

“Para que possamos operar no Anel, como é uma rodovia federal, precisamos de um convênio com o DNIT.” O convênio precisa de aprovação do conselho do órgão para ser assinado. Além disso, precisa aprovar o projeto das intervenções.

O prefeito lembra que o recurso já está garantido no orçamento e o projeto está em fase final de avaliação. “Temos muita chance de publicar o edital desses dois viadutos ainda este ano”.

A expectativa do prefeito é que a publicação ocorra ainda este ano. Caso isso não aconteça, ele garante que as obras devem ter início em abril de 2024, no final do período chuvoso. “Queremos começar essas obras, em qualquer hipótese, em abril, maio no máximo”, declarou.

O prefeito anunciou os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-3), do governo federal, para obras em oito pontos do Anel Rodoviário em agosto. Os dois trechos que aguardam aprovação do projeto pelo DNIT são o viaduto da BR-040 e outro sobre a Avenida Amazonas.

Transporte por aplicativo em motos

O transporte por aplicativo em motos foi outro tema referente à mobilidade urbana tratado pelo prefeito. Ele disse que a prefeitura não tem competência para proibir o serviço na capital e que a solução é regulamentar.

“Não existe competência da prefeitura em aprovar ou proibir. É competência da prefeitura regulamentar. Queremos que as pessoas trabalhem, ganhem dinheiro, produzam.”

Porém, o prefeito demonstrou preocupação com a segurança no transporte de passageiros, devido ao número de acidentes. “Fazemos sempre um apelo aos motoristas para dirigir com cuidado, ainda mais transportando um passageiro. Fazer manobras arriscadas no trânsito é um risco muito grande. A prefeitura está preocupada, junto com Ministério Público do Trabalho nesta questão, até com a saúde pública, já que aumenta o número de acidentes.”

Ele citou que uma das alternativas pode ser a criação de pistas exclusivas para esses veículos. “Vamos estudar. Hoje ainda não temos nada específico na prefeitura sobre isso. Mas acho que vale a pena avaliar.”

No início de dezembro, o superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Minas, Carlos Calazans, afirmou que pediria a suspensão do transporte por aplicativo em motos em BH até que o serviço seja regulamentado.

Café com a imprensa

As declarações do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), foram feitas em um café da manhã com jornalistas, na sede do Poder Executivo. Durante o encontro, Fuad falou sobre a relação com o presidente da Câmara Municipal, o vereador Gabriel Azevedo (sem partido), além do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). O prefeito ainda respondeu perguntas sobre a Lagoa da Pampulha, Aeroporto Carlos Prates, Anel Rodoviário, moradores em situação de rua, carnaval, entre outros temas.