Na manhã de segunda-feira (27/11), um servidor de 66 anos morreu após subir 13 andares do prédio Minas -  (crédito:  Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

Na manhã de segunda-feira (27/11), um servidor de 66 anos morreu após subir 13 andares do prédio Minas

crédito: Edesio Ferreira/EM/D.A Press

Os elevadores da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves não têm prazo para voltar a operar. De acordo com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), após diagnóstico preliminar, feito por empresas contratadas, foi constatada uma inadequação na fixação de parafusos localizados no vão dos elevadores. O diagnóstico aponta a necessidade de interrupção do uso dos elevadores até que seja feita a correção definitiva.

Na manhã de segunda-feira (27/11), um servidor de 66 anos morreu após subir 13 andares do prédio Minas, já que os elevadores estariam com uma pane elétrica. Porém, os equipamentos estariam parados há mais de uma semana.

A Seplag informou que entre os dias 13 e 17 de novembro foram detectadas falhas no funcionamento de alguns elevadores do Prédio Minas, durante os procedimentos de manutenção permanente e preventiva feitos nas dependências do complexo.

Ainda segundo a pasta, “em um esforço para garantir a segurança e evitar riscos aos servidores e visitantes, os 22 elevadores sociais do prédio foram desligados a partir de 20 de novembro, e, preventivamente, mesmo os que estavam funcionando normalmente.”

Falhas e alternativas

Três empresas foram contratadas para fazer uma perícia com o objetivo de identificar e corrigir a razão das falhas no funcionamento dos equipamentos. A suspeita inicial era de pane elétrica. Porém, nessa terça-feira (28/11), após diagnóstico preliminar, foi constatada, uma inadequação na fixação de parafusos localizados no vão dos elevadores.

Segundo a Seplag, agora será feito um diagnóstico detalhado e individualizado nos 22 elevadores, a correção das falhas verificadas e, de forma preventiva, também nos que não apresentaram problemas.

Porém, a definição do prazo para a retomada do funcionamento dos elevadores só poderá ser feita após a conclusão desse diagnóstico detalhado. A pasta informa que, além dos elevadores sociais, o prédio Minas conta com oito elevadores privativos, que estão funcionando e foram disponibilizados para uso de todos.

Ressalta ainda que a inspeção de todos os elevadores da Cidade Administrativa está em dia. “A legislação municipal de Belo Horizonte determina a inspeção anual, mas, pelo contrato do Governo de Minas, as vistorias são realizadas mensalmente.”

Enquanto o uso dos elevadores sociais do prédio Minas não é retomado, os servidores que trabalham no prédio foram autorizados a trabalhar em casa.

“Além disso, os elevadores privativos estão também disponíveis para a utilização dos servidores e a Intendência da Cidade Administrativa está, ainda, disponibilizando estações de trabalho no Prédio Gerais para aqueles que necessitarem comparecer presencialmente.”

Transtornos e mudança de rotina

O servidor Hudson Eduardo é assistente de gestão na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e trabalha no 14° andar do prédio Minas. Ele conta que o problema dos elevadores no local acontece há mais de um mês.

“Às vezes, a gente descia para almoçar e ficava 30, 40 minutos esperando o elevador, dependendo do horário. O funcionamento deles já está um pouco precário há mais de um mês”, relata.

Eduardo conta que ia presencialmente à Cidade Administrativa três vezes por semana. Com a interrupção no funcionamento dos elevadores, a equipe passou a ir presencialmente apenas uma vez.

Segundo ele, os elevadores privativos não conseguem suprir a demanda dos servidores que continuam a trabalhar presencialmente. “Pelo que eu vi, nem todos estavam funcionando de forma total. Vi somente dois de cada lado do prédio funcionando. Não tem como atender a demanda porque são 14 andares e cada andar, dependendo da secretaria, tem 200 ou 250 pessoas trabalhando.”

O servidor diz que a rotina no local mudou com o problema nos equipamentos. “Chego bem cedo, então tem uma demanda menor. Mas, quem chega às 8h ou 9h, com certeza, vai pegar fila. Também não desci para almoçar, só para ir embora, justamente, por causa do transtorno.”