Antônio Veloso Neto, advogado do mestre cervejeiro Christian Freire Brandt no Caso Backer -  (crédito: Tulio Santos/EM/D.A.Press)

Antônio Veloso Neto, advogado do mestre cervejeiro Christian Freire Brandt no Caso Backer

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“Essa denúncia é uma obra de ficção”. A afirmação foi dada pelo advogado Antônio Veloso Neto, que representa Christian Freire Brandt, um dos mestres cervejeiros da Backer, acusado de homicídio culposo e alterar produto alimentício destinado a consumo, pela intoxicação da cerveja Belorizontina. O réu foi ouvido nessa terça-feira (29/11), no Fórum Lafayette, durante o segundo dia de tomadas de depoimento dos supostos responsáveis pela intoxicação de 19 pessoas e pela morte de outras dez. Além do responsável pela receita das bebidas, também foram ouvidos Ramon Ramos de Almeida Silva, que atuava no controle de qualidade da empresa, e Adenilson Rezende de Freitas, supervisor de produção.

De acordo com a defesa do mestre-cervejeiro, a denúncia apresentada pelo Ministério Público foi “mal feita” por não acusar cada réu de forma individualizada. No caso de seu cliente, Antônio Veloso afirma que o trabalho do especialista era apenas voltado à criação de receitas, e não na manutenção e aquisição de produtos.

“Hoje foram realizados três interrogatórios em que os acusados puderam explicar suas funções exercidas no parque industrial sobre os fatos narrados na denúncia. O mestre cervejeiro é criador de receitas, ele não trabalha com manutenção, não trabalha com aquisição de produtos. Nenhum conhecimento daqueles fatos ele teve, salvo em janeiro de 2020 quando a imprensa os noticiou”, informou o advogado.

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Também prestaram depoimento nesta quarta-feira Ramon Ramos de Almeida e Adenilson Rezende de Freitas. O teor das declarações não foi informado pela assessoria de imprensa do Fórum Lafayette. A advogada dos réus foi procurada e informou que não vai querer se pronunciar.

Nesta quinta-feira (29/11), serão ouvidos Álvaro Soares Roberti, Gilberto Lucas de Oliveira, Charles Guilherme da Silva e Sandro Luiz Pinto Duarte. Ontem, os sócios-proprietários da Backer foram os primeiros réus a deporem no processo criminal. Em juízo, Ana Paula Lebbos, Hayan e Munir Franco Khalil Lebbos afirmaram que não tinham nenhum conhecimento ou participação na produção da cerveja.