edes aegypti é solto com Wolbachia, um microrganismo intracelular que têm a capacidade reduzida de transmitir os vírus para as pessoas -  (crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press)

edes aegypti é solto com Wolbachia, um microrganismo intracelular que têm a capacidade reduzida de transmitir os vírus para as pessoas

crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press

A Prefeitura de Belo Horizonte fará a liberação de mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia, uma das estratégias de prevenção e combate à dengue, zika e Chikungunya adotadas na capital, nesta quarta-feira (22/11).

Os mosquitos com Wolbachia têm a capacidade reduzida de transmitir os vírus para as pessoas, diminuindo o risco de surtos das doenças transmitidas por ele. A soltura será no Bairro Belvedere, região Centro-Sul. A ação é realizada ao longo do ano em todas as regiões da capital.

A Wolbachia é um microrganismo intracelular e não pode ser transmitido para humanos ou animais. Os mosquitos que carregam essa bactéria foram produzidos no insetário da Prefeitura e não possuem nenhuma modificação genética.

O método Wolbachia é natural, não coloca os ecossistemas em risco e é autossustentável. Nem os insetos nem a bactéria sofrem qualquer modificação genética. O projeto é uma parceria da PBH com a Fundação Oswaldo Cruz, o Instituto de Pesquisas Renê Rachou (Fiocruz-Minas) e o World Mosquito Program (WMP) – iniciativa sem fins lucrativos que é mundialmente responsável pelo Método Wolbachia. O projeto também tem apoio do Ministério da Saúde.

“Belo Horizonte é uma das cidades pioneiras na implantação desta tecnologia e foi o primeiro município do país a ter um insetário próprio, construído com recursos da Prefeitura. É um investimento importante pois garante autonomia, continuidade e controle das ações”, explica o subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos.

Em Belo Horizonte, o método teve início em 2020 e a soltura dos mosquitos com a bactéria é uma estratégia complementar às demais ações de enfrentamento às arboviroses que a prefeitura realiza para controle e prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

“Cabe reforçar que a população tem papel fundamental como parceira da Prefeitura para evitar a proliferação do mosquito. Segundo o último LIRAa, 86,9% dos focos estão dentro das casas e por isso é tão importante que cada um contribua, fazendo uma vistoria em casa e ambientes de trabalho para eliminar qualquer situação que possa favorecer o acúmulo de água”, completa o subsecretário.