Limpeza das vias principais e recolhimento da carga demoraram devido a chuvas e a necessidade de mais equipamentos -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)

Limpeza das vias principais e recolhimento da carga demoraram devido a chuvas e a necessidade de mais equipamentos

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press

Já ultrapassa 24 horas que os serviços de limpeza e remoção de duas toneladas de tinta e argamassa despejadas de um caminhão se iniciaram no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, completando 36 horas de interdição desde que o acidente ocorreu, por volta das 21h de quinta-feira (02/11).

Como a empresa responsável pela carga não providenciou a limpeza, uma terceirizada do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) assumiu os trabalhos, às 8h30 de sexta-feira (03/11). A pista principal de sentido Rio de Janeiro continua interditada, causando grande congestionamento na via marginal.

A expectativa do pessoal de remoção da carga da via é de que a pista principal do sentido Rio de Janeiro seja liberada até as 18h. Um dos motivos alegados para o atraso foi a incidência de fortes chuvas. O segmento bloqueado para os trabalhos de limpeza tem 850 metros, entre a altura do Centro de Triagem de Cartas e Encomendas (CTCE) dos Correios e a Femsa (Coca-Cola) na altura do KM461, Bairro Vila Suzano, na Região Nordeste de Belo Horizonte, pouco antes do viaduto onde a rodovia se estreita, sobre a Rua do Contorno.

Com enxadas, trabalhadores removem as grossas camadas que se acumularam na pista, acostamento e canteiro divisor de vias. Um caminhão-pipa é usado para jatear o material acumulado, que é recolhido e despejado em um caminhão. Uma mangueira de sucção é usada para recolher a mistura espessa de tinta e argamassa.

O trabalho não acelera mais porque assim que um caminhão se enche com o material recolhido, precisa deixar o local para descarregar e retornar para recolher mais. No lado liberado, sentido Vitória, foram gastos seis caminhões-pipa de água. A empresa responsável pela carga está custeando os caminhões e equipamentos usados, mas os trabalhadores alegam que há demora no orçamento e contratação de serviços necessários.

Na noite de quinta-feira um caminhão carregado com duas toneladas de latas de tinta e de argamassa bateu e esparramou a carga pelas pistas principais dos dois sentidos. Os desvios pelas pistas marginais geraram grande congestionamento.

Equipe de limpeza utiliza um caminhão-pipa com mangueira de alta pressão para jatear e remover a tinta da pista

Equipe de limpeza utiliza um caminhão-pipa com mangueira de alta pressão para jatear e remover a tinta da pista

Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press
Um motociclista de 22 anos que passava no sentido oposto no momento do acidente foi atingido por uma das latas lançadas na pista. O homem se feriu na perna e no braço e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o caminhão perdeu o controle, colidindo contra a mureta de proteção por onde deslizou esparramando a carga por todo trecho. O motorista, de 35 anos, alega ter sido fechado por outro veículo, freado e perdido o controle do veículo de carga devido à pista molhada.

Trabalhadores removem camadas de tinta e argamassa com enxadas e mangueiras de sucção. Trânsito congestionado na marginal

Trabalhadores removem camadas de tinta e argamassa com enxadas e mangueiras de sucção. Trânsito congestionado na marginal

Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press
Foi verificado pela polícia no local que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista do caminhão está vencida e ele não tem curso de transporte de materiais perigosos. Por isso, mesmo a carga e o caminhão sendo segurados, a seguradora pode não arcar com os prejuízos.