Disputas envolvendo o uso de áreas comuns em condomínios residenciais acontecem frequentemente por causa dos diferentes interesses dos proprietários. Um caso recente em Sevilha, Espanha, ilustrou essa situação quando dois moradores alteraram uma janela para porta sem autorização, obtendo acesso a um pátio comum e colocando ali pertences pessoais, o que originou um processo judicial.
O que decidiu o tribunal sobre as modificações em áreas comuns?
O Tribunal Provincial de Sevilha foi claro: qualquer alteração em áreas comuns exige aprovação prévia da comunidade de condôminos, conforme legislação local. A decisão buscou garantir que nenhum morador transforme áreas comuns sem consentimento formal de todos os coproprietários, mantendo o uso compartilhado, conforme o artigo 7.1 da Lei da Propriedade Horizontal da Espanha.
Quais foram os principais argumentos apresentados pelos moradores envolvidos?
Os réus alegaram que outra vizinha já possuía porta semelhante, sugerindo um acordo tácito e questionando possível discriminação por motivos pessoais no edifício. Apesar dessas alegações, o tribunal não considerou válidas tais justificativas, reforçando a necessidade de autorização formal pela comunidade.
Como funcionam as regras do uso e alteração das áreas comuns?
O Código Civil espanhol regula o uso das áreas comuns, assegurando que não prejudiquem terceiros. No caso, as modificações feitas pelos réus representaram ocupação indevida, pois limitaram o acesso aos demais condôminos ao instalarem itens pessoais no pátio compartilhado.

Entre as principais disposições previstas, destacam-se:
- Proibição de uso exclusivo sem autorização da comunidade
- Necessidade de restauração do espaço ao estado original em caso de uso indevido
- Garantia de acesso igualitário a todos os condôminos
O que diz a legislação e quais são os precedentes relevantes sobre o tema?
O tribunal destacou que ações ilegais não podem ser justificadas com base em precedentes sem autorização formal da comunidade. A decisão se apoia em doutrina legal destinada a impedir que alguém obtenha uso exclusivo de áreas comuns sem o cumprimento rigoroso das normas.
Além disso, ficou esclarecido que somente o uso público e contínuo, por um longo tempo, pode abrir exceção em casos específicos de prescrição, protegendo o direito coletivo.
Quais são as implicações da decisão do tribunal e os cuidados futuros para condôminos?
Mesmo que seja possível recorrer, a exigência de desfazer as alterações reflete o compromisso das leis com a proteção do uso justo das áreas comuns. A decisão ressalta a importância do respeito às normas e à obtenção de permissões para evitar conflitos e descumprimentos.
Isso reforça a necessidade de os condôminos:
- Buscarem sempre a aprovação formal antes de qualquer alteração em áreas compartilhadas
- Manterem-se informados sobre as regras locais e decisões judiciais recentes




