A saúde mental tem se tornado um tema central nas discussões sobre bem-estar e qualidade de vida, especialmente após os impactos sociais e emocionais da pandemia de COVID-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como um estado de bem-estar que permite ao indivíduo lidar com os desafios da vida, desenvolver habilidades e contribuir para a comunidade. No Brasil, a preocupação com a saúde mental aumentou significativamente nos últimos anos, refletindo a necessidade de atenção a esse aspecto crucial da saúde.
De acordo com o relatório global “World Mental Health Day 2024“, o índice de preocupação com a saúde mental triplicou de 2018 para 2024. Este aumento é um indicativo claro de que a saúde mental é uma questão de saúde pública que necessita de estratégias eficazes para prevenção e tratamento. Além disso, o Brasil foi identificado como um dos países mais estressados do mundo, com uma grande parcela da população relatando sentimentos de estresse e ansiedade.
O que diferencia saúde mental de doença mental?
É essencial distinguir entre saúde mental e doença mental. Enquanto a saúde mental refere-se ao bem-estar emocional, psicológico e social de uma pessoa, a doença mental envolve alterações significativas no comportamento, humor ou cognição, diagnosticadas por profissionais de saúde. Ter saúde mental não significa estar feliz o tempo todo, mas sim ser capaz de lidar com os altos e baixos da vida de maneira equilibrada.
As doenças mentais, como depressão e transtornos de ansiedade, podem impactar profundamente a capacidade de uma pessoa realizar atividades cotidianas. Esses transtornos não são facilmente detectáveis em exames médicos, mas seus efeitos na qualidade de vida são significativos. Portanto, é crucial reconhecer os sinais de alerta e buscar ajuda profissional quando necessário.

Como identificar sinais de alerta na saúde mental?
O corpo humano frequentemente dá sinais quando algo não está bem emocionalmente. Mudanças de comportamento, como isolamento social, irritabilidade ou apatia, podem indicar que uma pessoa está sobrecarregada emocionalmente. Além disso, emoções intensas e frequentes, como medo, raiva e tristeza, podem interferir nas relações e na rotina diária.
Identificar esses sinais é o primeiro passo para buscar ajuda. Sensações de vulnerabilidade extrema, alterações no sono e apetite, e sentimentos persistentes de tristeza ou ansiedade são indicativos de que é hora de procurar apoio profissional. O autoconhecimento e a regulação emocional são fundamentais para manter a saúde mental em equilíbrio.
Como cuidar da saúde mental no dia a dia?
Cuidar da saúde mental envolve práticas diárias que promovem o bem-estar emocional. Estabelecer uma rotina com horários definidos para atividades diárias, incluindo pausas e momentos de descanso, pode ajudar a evitar a sobrecarga mental. Além disso, a prática regular de atividades físicas é benéfica, pois libera substâncias que promovem o bem-estar.
O sono de qualidade é outro aspecto crucial para o equilíbrio emocional. Manter um horário regular para dormir e criar um ambiente calmo no quarto pode melhorar significativamente a qualidade do sono. Construir conexões afetivas e buscar apoio profissional quando necessário são passos importantes para enfrentar momentos difíceis com mais leveza.
Quais atividades podem contribuir para a saúde mental?
Além da terapia, que é uma ferramenta poderosa para o autoconhecimento, existem atividades simples que podem ter um efeito terapêutico. Ouvir música, viajar, escrever um diário ou praticar meditação são formas de se conectar consigo mesmo e promover o bem-estar emocional.
Aprender a lidar com o estresse é fundamental. Técnicas de respiração, como parar e respirar profundamente, podem ajudar a reduzir a reatividade em situações estressantes. Essas práticas, aliadas ao apoio profissional, podem fazer uma diferença significativa na manutenção da saúde mental.