O governo federal apresentou a projeção de que o salário mínimo de 2026 será de R$ 1.630. O valor foi divulgado no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) e está previsto para entrar em vigor em janeiro, com os primeiros pagamentos acontecendo em fevereiro. A proposta foi enviada ao Congresso Nacional, seguindo as diretrizes constitucionais.
Atualmente, o salário mínimo está fixado em R$ 1.518, após um reajuste de 7,5% em 2024. O novo valor representa um aumento nominal de R$ 112.
Como é calculado o reajuste do salário mínimo?
O cálculo do salário mínimo leva em conta dois indicadores principais: a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até novembro do ano anterior e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, limitado a 2,5%.
Com base nessas diretrizes, o aumento previsto para 2026 representa uma alta de 7,4%. A medida está alinhada com as regras do novo arcabouço fiscal que estará em vigor entre 2025 e 2030.
Qual é o impacto do reajuste na economia?
O salário mínimo serve como referência para cerca de 60 milhões de brasileiros. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mais de 28 milhões de aposentados e pensionistas do INSS têm rendimentos vinculados ao piso nacional.
Além disso, o reajuste influencia diretamente valores de benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.
Quanto o aumento pode custar ao governo?
A elevação do salário mínimo implica em despesas adicionais para os cofres públicos. A estimativa é de que cada R$ 1 de reajuste gere um impacto de R$ 400 milhões por ano. Com um aumento de R$ 112, o custo projetado chega a R$ 44,8 bilhões.
Esse valor precisa ser absorvido dentro das regras fiscais vigentes, o que exige planejamento detalhado para evitar desequilíbrios nas contas públicas.
O que esperar nos próximos meses?
O valor oficial do salário mínimo de 2026 será confirmado apenas em dezembro de 2025, quando o INPC de novembro for divulgado. Até lá, a projeção pode ser ajustada conforme a evolução dos indicadores econômicos.
O tema segue como um dos mais relevantes na pauta econômica nacional, impactando diretamente a vida dos trabalhadores e a sustentabilidade fiscal do país.