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‘O monstro em mim’ é uma série terrivelmente boa

Claire Danes e Matthew Rhys têm interpretações brilhantes para personagens que fascinam (pelas razões erradas) na produção disponível na Netflix

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“O monstro em mim” é dessas surpresas que nos fazem ficar em casa sem desgrudar os olhos da TV. O thriller da Netflix é amparado por duas interpretações que certamente estarão na próxima temporada de prêmios. É uma delícia assistir ao embate de Claire Danes, tão estranha quanto a Carrie Mathison de “Homeland” (2011-2020) que a consagrou, e Matthew Rhys, um poço de contradições, aterrorizante, irônico e até mesmo (por poucos instantes) adorável.

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Só o criador da série, Gabe Rotter, é estreante. Antonio Campos (filho do jornalista Lucas Mendes) dirige quatro dos oito episódios. A trama é desenvolvida, sem pontas soltas, em um subúrbio chique de Nova York.


Aggie Wiggs (Claire Danes) tem que viver com seus fantasmas em um casarão decadente de Oyester Bay. Vencedora do Pulitzer por seu primeiro livro, sobre a relação conturbada com o pai, amarga um bloqueio criativo há alguns anos. A morte do filho pequeno num acidente automobilístico resultou no fim do casamento com a artista Shelley (Natalie Morales) e um sentimento de culpa transformado em ódio pelo jovem Teddy (Bubba Weiler), que estava bêbado quando bateu no carro dela.


Vizinho suspeito

A chegada de um vizinho vai mudar tudo. Nile Jarvis (Matthew Rhys) é uma celebridade pelas razões mais erradas possíveis. Voraz incorporador imobiliário, é um milionário acusado de ter matado a primeira mulher, Madison (Leila George). O crime nunca foi comprovado – nem o corpo encontrado.


Com uma nova mulher, Nina (Brittany Snow), que faz o gênero esposa-troféu, ele se muda para o subúrbio para ter uma vida mais discreta. A primeira coisa que faz é pedir autorização aos vizinhos para criar uma trilha na floresta contígua às casas para poder correr. Todos concordam, menos Aggie. Os dois se aproximam e almoçam juntos.


Nile é desagradável, mas, ao mesmo tempo, fascinante. Ele desafia Aggie. “Eles querem fofoca e carnificina”, ele diz, sobre a intenção dela de escrever sobre a juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg. Aggie não demora a concordar que é chato o tema atual – portanto, não consegue seguir com o livro.


A história começa a se desenrolar após o fatídico almoço. Ao saírem do restaurante, Aggie fala da morte do filho e avista Teddy. À noite, em casa, recebe a visita do agente do FBI Brian Abbott (David Lyons). Bêbado, ele avisa: “Ele não é como nós”, referindo-se a Nile. No dia seguinte, o choque. Teddy desapareceu, deixando um bilhete de suicídio.


Sobressaltada, Aggie vai atrás de Abbott, que a aconselha a esquecer a história. Insatisfeita, ela se aproxima mais de Nile e propõe que ele seja o tema de seu próximo livro. Ele concorda, pois poderá “controlar a narrativa”. Seu pai, Martin Jarvis (Jonathan Banks), tipo meio mafioso das altas rodas, é radicalmente contra. Mas o projeto segue, pois Abbie quer investigar o que houve com Teddy.


Criador e criatura se tornam próximos – a ponto de tomarem um porre ao som de “Psycho killer” – enquanto várias coisas acontecem. Em paralelo, os Jarvis têm que lidar com uma jovem vereadora que quer minar um empreendimento megalomaníaco em Nova York; e Nina se aproxima de Shelley.


As subtramas, em vez de confundirem o espectador, vão convergindo até a resolução da história. Mas o que importa é a relação dos dois protagonistas – um precisa do outro, pois eles se compreendem. Mesmo que da pior maneira possível.n

“O MONSTRO EM MIM”
• A minissérie, com oito episódios, está disponível na Netflix.

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