Luto na música

Como era Lô Borges fora dos palcos e na intimidade

"Ele gostava de conversar, de dar boas risadas durante as conversas - e não mais cantar, (mas) falar de música e contar sobre os projetos dele", diz ex-ministro

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O ex-ministro de Saúde e ex-deputado federal José Saraiva Felipe lamentou a morte do cantor e compositor mineiro Lô Borges, um dos fundadores do lendário Clube da Esquina, ocorrida nesse domingo (2/11), no Hospital da Unimed, em Belo Horizonte. Saraiva lembrou que conviveu com Lô Borges desde os tempos da sua juventude, na casa da famosa esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no Bairro Santa Teresa.

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Assim, na convivência com a família Borges, teve um privilégio que representa o sonho de muitos fãs: conheceu de perto os gostos e o sentimento do músico, que morreu aos 73 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos.

O ex-ministro conta  como era o músico na intimidade e na informalidade, fora dos palcos. “Ele gostava de conversar, de dar boas risadas durante as conversas - e não mais cantar, (mas) falar de música e contar sobre os projetos dele", recorda.

“Eu conheci o Lô no início da década de 70, frequentando a casa do seu Salomão Borges, que era o pai dele - o nome dele era Salomão Borges Filho, por isso que o apelido era Lô, Lô de Salomão. E eu me encantei. Era uma casa muito alegre, muito musical”, afirma Saraiva Felipe.

Ele lembra que na mesma ocasião, o cantor e compositor Milton Nascimento, parceiro de Lô no Clube da Esquina, estava de mudança para o Rio Janeiro. Milton também tinha morado na casa da família Borges, na famosa esquina do Bairro Santa Teresa.

Saraiva Felipe conta que conheceu a família Borges por intermédio do ex-secretário adjunto de Direitos Humanos de Minas Gerais José Francisco da Silva, falecido em agosto deste ano. Três antes da sua morte, José Francisco recebeu uma homenagem na Câmara Municipal de Montes Claros, na qual Saraiva também esteve presente.

O ex-ministro destaca a genialidade musical da família Borges, a quem conheceu todos os seus integrantes. “Trata-se de uma família realmente de artistas. Tem o Marilton,o Yé, o Telo, o Marcinho (Márcio) e Nico. Ou seja: todo mundo da familia é envolvido com música”, relata.

“Eu sempre admirei a capacidade do Lô Borges de transformar a emoção, o sentimento. O Lô era isso na flor da pele, uma figura extremamente sensível. Eu acho que todo artista do nível do Lô Borges é muito sensível. Esse é um problema. Eles têm dificuldade para encarar a realidade da vida, porque vivem assim, em um mundo, em uma poesia, um mundo mais onírico”, observava.

“A morte do Lô Borges representa uma perda para música brasileira e particularmente para a música mineira, que se transformou em música universal. Mas, para mim, é uma perda no plano pessoal, de quem eu tinha como amigo de família, uma pessoa muito próxima”, afirma Saraiva Felipe, lembrando que alguns jingles de suas campanhas para deputado federal foram compostos por músicos do Clube da Esquina. Recorda ainda que Lô Borges esteve com ele em muitas ocasiões especiais, como festas de aniversário.

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“Acho que (a morte de Lô Borges) é uma perda incomensurável para a música, para a arte brasileira. Não só pela composição de suas músicas, mas pelo repertório, por criar um estilo (diferente), o estilo música mineira, do Clube da Esquina. Isso ganhou o mundo. Então, eu acho que o Brasil tem que reverenciar esse músico fantástico de músicas inesquecíveis. Eu vou lembrar aqui “Trem Azul” e “Paisagem da Janela”. Mas existem tantas outras músicas dele que o Brasil precisa reverenciar”, afirma o ex-ministro e amigo da família Borges.

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