DIVERSIDADE MUSICAL

Álbum "Baião ma non troppo" traz a MPB em violino e viola

Guilherme Pimenta e Emmanuele Baldini lançam no streaming disco com canções de grandes compositores brasileiros

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Os violinistas Guilherme Pimenta e Emmanuele Baldini lançam o álbum “Baião ma non troppo” (Kuarup), já disponível nas plataformas digitais. O disco traz 10 faixas com músicas de Tom Jobim, Garoto, Chico Buarque, Luiz Gonzaga e Noel Rosa, entre outros, sendo que a única autoral é “Violino na roda”, composta pelo próprio Guilherme.

O italiano Baldini é spalla da Escola Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Guilherme é mineiro, radicado no Rio de Janeiro. O trabalho da dupla afirma a capacidade das cordas friccionadas de reaproximar os universos musicais ao usar violinos e viola para celebrar e enaltecer a diversidade da música popular brasileira.

Guilherme conta que o projeto surgiu no ano passado, depois que Baldini ouviu seu terceiro disco, “Só” (2023), no qual o violinista mineiro gravou nove arranjos seus para violino solo de música popular brasileira.

“Depois de ter ouvido o disco, Baldini me disse que gostou muito do meu trabalho e me convidou para fazermos um projeto parecido, só que em duo”, lembra Guilherme. “Ele me perguntou se poderia escrever alguns arranjos para dois violinos, mais ou menos na pegada que escrevi os anteriores”, acrescenta o instrumentista.

Guilherme conta que à medida em que os arranjos foram ficando prontos, os dois entraram no estúdio. “Foram oito meses de preparação, até que em julho a gente se encontrou para gravar o disco. O repertório traz músicas de compositores conhecidos. A gente foi trocando ideia sobre o que acharíamos legal e diferente para essa formação de dois violinos.”

“Ao mesmo tempo, fomos também fazendo homenagens. Por exemplo, há uma música de Nicolas Krassik, que é uma referência para mim, pois foi meu professor e me influenciou bastante”, ressalta Guilherme. A música é Cordestinos’, para a qual fiz um arranjo muito legal. Há também um frevo da violinista paulista Wanessa Dourado, chamado ‘Espevitado’. Era uma excelente violinista popular, mas que, infelizmente, faleceu aos 32 anos, em 2024. Era uma superarranjadora e compositora.”

O instrumentista detalha que as 10 músicas do disco são tocadas somente por dois violinos. “Na verdade, oito são para violinos e duas para viola e violino (‘Conversa de botequim’ e ‘Beatriz’). O repertório ficou muito legal”, garante.


Sem barreiras

Guilherme cita os momentos de improviso do duo. “A gente traz um pouco essa quebra de paradigma, de o violino ser um instrumento exclusivamente da música clássica, porque aqui é como se ele estivesse transitando entre o erudito e o popular. É exatamente o que Baldini buscou com esse convite.”

Ao parceiro, Guilherme não poupa elogios. “Está disposto a experimentar coisas diferentes. É um desafio para ele de se aventurar nesse universo da música popular brasileira, de tocar forró, samba e frevo, e ter que improvisar. O disco representa essa quebra da barreira que muitos querem rotular se é música erudita ou popular. E esse álbum está bem nesse limiar entre as duas coisas, porém tentando unir esses dois mundos, que é o que acreditamos ser benéfico para todos.”

“BAIÃO MA NON TROPPO”

• Disco de Emmanuele
Baldini & Guilherme Pimenta
• Kuarup
• 10 faixas
• Disponível nas plataformas digitais

FAIXA A FAIXA

• “CABACEIRA MON AMOUR” (Sivuca)
• “O XOTE DAS MENINAS” (Luiz Gonzaga)
• “VIOLINO NA RODA” (Guilherme Pimenta)
• “CONVERSA DE BOTEQUIM” (Noel Rosa e Vadico)
• “BEATRIZ” (Edu Lobo e Chico Buarque)
• “CORDESTINOS” (Nicolas Krassik)
• “MILONGA PARA AS MISSÕES” (Gilberto Monteiro)
• “CORRENTEZA” (Tom Jobim e Luiz Bonfá)
• “DESVAIRADA” (Garoto)
• “ESPEVITADO” (Wanessa Dourado)

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