

Pequenos passos, grande impacto: 'pequenas vitórias' na liderança
Na liderança, esse conceito se traduz em valorizar os pequenos avanços diários e as conquistas incrementais
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Mallory Weggemann, atleta paralímpica e palestrante motivacional, traz uma nova perspectiva para a liderança com sua abordagem de “small steps, big impact”. Em sua visão, liderar com eficácia e impacto duradouro não exige grandes mudanças imediatas, mas sim a prática de celebrar pequenas vitórias, que se somam a transformações significativas. Essa abordagem inovadora propõe que a liderança pode se beneficiar ao abraçar o valor dos avanços graduais e conscientes.
Ela compartilha sua experiência pessoal de ficar paralisada aos 18 anos devido a complicações em um procedimento médico e como essa experiência mudou sua vida e a importância de pequenas decisões diárias. Também compartilha como começou no esporte paralímpico, influenciada por sua família de nadadores e como a importância do apoio familiar a ajudou a encontrar seu caminho no esporte.
O conceito das 'pequenas vitórias'
Para Weggemann, o conceito de "pequenas vitórias” se baseia em sua própria jornada. Como atleta paralímpica que superou adversidades e triunfou em competições internacionais, ela entende que o caminho para o sucesso raramente acontece de maneira rápida e linear. Em vez disso, é construído por meio de pequenas conquistas, que, quando acumuladas, produzem um impacto substancial.
Voltar a nadar após a paralisia foi um processo gradual e desafiador, mas também uma fonte de renovação e propósito. A natação se tornou um símbolo de perseverança e adaptação, levando a conquistas significativas, incluindo a participação nos Jogos Paralímpicos.
Na liderança, esse conceito se traduz em valorizar os pequenos avanços diários e as conquistas incrementais. Essas pequenas vitórias são mais que simples marcos; elas são passos estratégicos que conduzem equipes e organizações para um crescimento contínuo e sustentável. Em vez de fixar-se apenas em metas grandes e distantes, Weggemann encoraja os líderes a reconhecerem o progresso gradual, que é tão essencial para o sucesso a longo prazo.
Ela destaca que a abordagem das pequenas vitórias ajuda a criar uma cultura de confiança e motivação dentro das equipes. Quando os colaboradores sentem que seus esforços diários são valorizados e que cada passo conta para o sucesso da organização, eles se sentem mais engajados e motivados. Essa mentalidade de reconhecimento constante gera um ciclo positivo de produtividade e satisfação, que impacta diretamente o desempenho individual e coletivo.
Pequenos passos também tornam o caminho para grandes objetivos menos intimidante. Ao quebrar metas complexas em tarefas menores e atingíveis, os líderes não só reduzem a pressão, mas também facilitam o progresso constante, mesmo em cenários de adversidade. Essa abordagem permite que equipes superem desafios complexos de forma estruturada e eficiente, promovendo a resiliência.
A importância da resiliência e do foco no processo
Mallory Weggemann entende a importância da resiliência como ninguém. Após uma lesão que a deixou paraplégica, ela precisou reinventar seu caminho, não apenas como atleta, mas como indivíduo. Essa experiência pessoal trouxe um entendimento profundo sobre como a persistência e o foco nas pequenas conquistas ajudam a enfrentar obstáculos e a manter a determinação.
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Para ela, a resiliência está diretamente ligada ao foco no processo, ou seja, em cada pequeno passo necessário para avançar. Essa mentalidade permite que os líderes e suas equipes estejam preparados para enfrentar mudanças e desafios inesperados sem perder o senso de direção. Cada pequena vitória é uma prova de que o progresso é possível, e essas conquistas reforçam a capacidade de adaptação diante das adversidades.
E a consistência e a repetição são fundamentais para o sucesso em qualquer empreendimento. Por meio da prática diária e da determinação, é possível alcançar grandes feitos, mesmo diante de adversidades.
Essa abordagem também ajuda a criar uma cultura organizacional mais humana e colaborativa. Quando líderes reconhecem e valorizam os pequenos esforços, criam uma atmosfera em que todos sentem que suas contribuições são significativas. Essa cultura de reconhecimento fortalece os laços dentro da equipe e incentiva um ambiente de apoio mútuo e desenvolvimento constante.
Os insucessos também contribuem para essa jornada. A palestrante relembra a experiência de competir nos Jogos Paralímpicos de 2016 em Charlotte, Carolina do Norte, onde não conseguiu defender sua medalha de ouro. Isso a forçou a reavaliar como define o sucesso em sua carreira. Já após os Jogos do Rio, ela passou por duas grandes cirurgias e ficou fora de competições por dois anos. A pandemia trouxe desafios adicionais, mas também oportunidades de crescimento. Em 27 de agosto de 2021, ela competiu nos Jogos de Tóquio e venceu a prova, alcançando o topo do pódio paralímpico novamente.
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Após Tóquio, ela decidiu continuar competindo e redefiniu seu propósito, passando por tratamentos de fertilização in vitro e competindo durante a gravidez, mostrando que a maternidade é uma vírgula, não um ponto final.